Aurora
A casa estava diferente.
Não havia música nos corredores, não havia o murmúrio baixo dos criados entre os quartos, nem mesmo o sussurrar das janelas sendo abertas nas manhãs.
Mas eu sentia.
Sentia no ar.
Na madeira rangendo.
Na forma como todos me olhavam… e depois desviavam.
Era como estar sentada sobre o centro de um vulcão, ouvindo o borbulhar sob a terra, sem saber quando a explosão viria.
E no meio disso tudo… ele.
Elías Navarro.
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Depois do pacto, eu esperava que ele relaxasse. Que recuasse. Que me deixasse respirar.
Mas ele não recuou.
Não avançou.
Ele estagnou como fera em jaula, olhando, esperando. Segurando algo que estava crescendo dentro dele e que ele se negava a soltar.
Começou com os olhos.
Antes, ele me olhava com cálculo. Agora, ele me examinava como se estudasse minha pel……
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