Elías Navarro
O hospital parecia ainda mais silencioso naquela manhã. Meus seguranças me deixaram na entrada lateral, como sempre. Mas hoje, pela primeira vez em muito tempo, eu pedi que não me empurrassem.
Eu mesmo me movi até o elevador, até o andar de fisioterapia, até a sala do doutor Salazar.
Havia uma tensão diferente no ar.
Como se todos soubessem.
Como se até as paredes segurassem o fôlego.
O médico me esperava já de pé, com o jaleco branco e os exames nas mãos. Seu olhar estava mais direto, menos cauteloso. Ele sabia que não podia usar eufemismos comigo.
— Bom dia, senhor Navarro. — disse, fechando a porta com cuidado. — Temos bons resultados. A ressonância mostra um nível excelente de resposta muscular. A inflamação praticamente desapareceu, e os testes de reflexo foram... positi……
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