Aurora
O som dos tambores preenchia cada canto da mansão como um coração batendo lento e pesado. Cada batida era uma contagem regressiva. Cada sopro de vela nas paredes parecia me lembrar que a partir dali, não havia mais volta.
O salão principal estava completamente transformado. As luzes comuns tinham sido substituídas por tochas altas. O chão de mármore fora coberto por um tapete de tecido escarlate, bordado com símbolos antigos que eu não entendia, mas sentia pulsarem sob meus pés.
No centro da sala, havia uma mesa de madeira escura.
E sobre ela… um livro enorme, encapado em couro envelhecido, com marcas de mãos e gotas secas de sangue nas bordas.
Ao lado dele, repousava a adaga.
Fina. Longa. De prata fosca.
O cabo esculpido com dois corvos entrelaçados.
Era a mesma que Elías carregava ……
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