Aurora
O quarto estava silencioso demais. Tão silencioso que cada batida do meu coração parecia ecoar pelas paredes altas e frias daquela casa. A porta ainda tremia por onde Elías havia passado. Suas últimas palavras ardiam dentro de mim como uma sentença sem apelação:
"Em vinte minutos, eu estarei lá. E dessa vez... não vou sair até que o pacto esteja completo."
Caminhei até a cama sem pensar. Meus dedos tremiam quando tocaram o tecido leve da camisola de seda. Era azul. Azul escuro, quase n***o. Tão bonita. Tão suave. Tão... c***l.
Porque ela não era uma roupa. Era um aviso. Um marco.
Deixei a camisola sobre a cama e fui até o banheiro. Me olhei no espelho e me vi pela primeira vez não como uma garota perdida, mas como uma mulher em meio a uma guerra de homens. Uma mulher que tinha sido empurrada para um jogo que nunca pediu para jogar. Uma mulher com medo, mas também com raiva.
O banho foi quente, longo. Chorei sob a água sem emitir som. Como se quisesse purificar algo que já estava manchado. Depois, vesti a camisola. O tecido deslizava como lágrima sobre a pele. Me sentei na beirada da cama com as pernas juntas, os dedos entrelaçados. Esperei.
Quando ouvi os passos dele no corredor, me levantei sem saber por quê. Meu corpo foi para o centro do quarto como se soubesse onde devia estar. A porta se abriu.
Elías entrou.
Ele não disse nada.
Fechou a porta devagar e me olhou como se estivesse tentando memorizar cada detalhe. Usava camisa branca dobrada nos antebraços e calça escura. A mesma calma. A mesma força contida.
A mesma decisão nos olhos.
Ele se aproximou com lentidão. Quando ficou diante de mim, ergueu a mão e tocou meu rosto com a palma quente.
Elías: Se você quiser que eu pare, diga agora.
Engoli em seco. Não respondi.
Não porque não queria. Mas porque não sabia como.
Então ele me beijou.
Foi um beijo calmo, sem pressa, como se me pedisse permissão a cada movimento. As mãos dele acariciavam minha cintura, subiam pelas costas com calma. Quando nossos lábios se separaram, ele me olhou nos olhos como se me pedisse para confiar nele.
Me guiou até a cama. Sentou-se e me puxou para o colo, com delicadeza. As mãos dele seguravam meu rosto, a nuca, os cabelos. Me beijava o pescoço, a clavícula, e cada toque arrepiava.
Tirou a camisola com cuidado, como se despisse um segredo. Quando me viu nua, não falou nada. Apenas me olhou com os olhos mais intensos que já vi. Me deitou devagar, se posicionou entre minhas pernas e beijou meu ventre, minhas coxas.
E então...
Me lambeu.
O calor da língua dele me fez arfar alto. Ele passou devagar, brincando com a ponta, depois sugando com mais firmeza. Meus dedos agarraram os lençóis. Meu corpo se arqueava sob ele. E ele não parava. Ele queria me ver gozar.
E eu gozei.
Com gemidos abafados, apertando os olhos, tremendo inteira.
Ele subiu e me beijou de novo.
Elías: Agora eu quero que você me conheça também.
Me ajoelhei na cama e o ajudei a tirar a camisa. Depois a calça. Quando vi ele por inteiro, engoli seco. Era forte. Quente. Real.
Elías: Eu vou te mostrar como fazer. Tudo bem?
Balancei a cabeça.
Segurei com as mãos primeiro. Ele gemeu com o toque. Me guiou com calma, colocou minha mão certa, depois me ensinou o movimento. Quando levei a boca, senti ele suspirar. A língua circulando, depois mais fundo. Ele segurava meu cabelo, mas sem forçar. Só guiando. Só sentindo.
Elías: Isso... assim mesmo, minha menina corajosa...
Quando ele me puxou de volta, me deitou com carinho. Deitou por cima de mim, e ficou ali, os olhos nos meus.
Elías: Vai doer um pouco. Mas eu vou com calma. Eu prometo.
Beijou meu nariz, minha testa, minha boca. Depois posicionou.
Entrou devagar.
Eu gemi de leve. Um desconforto. Um leve ardor. Mas ele estava lá, beijando meu rosto, acariciando meu corpo, dizendo coisas baixas. Só quando meu corpo cedeu, ele se moveu.
Foi lento. Foi calmo. Foi nosso.
Quando gozei pela segunda vez, ele veio junto. E se deitou sobre mim, os corações batendo juntos. O corpo quente, o suor misturado, a respiração ofegante.
Elías: Agora sim... você é minha.
E eu sabia. Porque naquele momento, eu não era só Aurora.
Eu era Aurora Navarro.
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