113. Luna Narrando
Um sol rachando na cabeça, e lá tava eu entrando pro Salgueiro. Meu dia começava cedo, mas já era normal, rotina, tá ligado? Trampo é trampo, e o meu era esse: carregar e entregar sem dar bandeira. Eu era boa no que fazia, tanto que nunca tinha dado r**m.
Já no meio da rua, parei pra tomar um ar. A mochila tava vazia ainda, mas só de pensar no peso que ia carregar depois já dava aquela suadeira. Passei a mão no cabelo, prendi ele num coque malfeito e segui, olhando em volta. O Salgueiro é f**a, uma energia que tu sente só de pisar lá. Mas eu tava concentrada. Era mais um dia, mais uma carga.
Cheguei no ponto e dei de cara com uns moleques jogando conversa fora na esquina. Quando me viram, abriram espaço, e um deles avisou:
— O Pivete tá lá dentro, te esper……
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