Paixão Avassaladora

James Crawford: —Gata,preciso ir embora.—me levanto somente com uma cueca box na cor preta. —Fica mais um pouco gatinho.—pede engatinhando na cama,com voz manhosa,enquanto morde o lábio,provocadora. —Tenho que trabalhar.—vou vestindo as minhas roupas.—A gente se fala mais tarde.—Minto. —Me liga pra gente marcar algo depois.—pisca pra mim. Só assinto com a cabeça e saio. Eu e Genna não temos nada assumido pra mídia,e eu também não quero que ninguém saiba e ela se ache no direito de me cobrar algo de uma relação que não existe.Ficamos já tem uns 2 anos,mas só as escondidas.Ela é filha de uma grande amiga da minha mãe,e torcem para que nos casamos e unimos ainda mais a família.Não tem chance alguma disso acontece algum dia. Estou com 26 anos e Genna está com seus 21 anos.É mimada de mais pelos pais,e faz birra quando não tem algo que ela almeja.Vive pisando nos outros,achando ser superior.E isso é algumas das coisas que eu detesto na sua personalidade. Nunca tive uma vida difícil ou trabalhei desde cedo pra ajudar a pagar as contas em casa.Minha família é bem rica,e foi até mais fácil eu crescer no mercado.Minha mãe é clínica geral e meu pai é empresário assim como eu. Sempre gostei de carros,de fazer coleções de miniaturas.E assim começou o meu sonho.Aos 17 já começava a fazer cálculos e orçamentos pra montar a minha própria montadora.Guardei o máximo de dinheiro que eu pude por 3 anos.Investi de início 500 mil dólares,comprando algumas máquinas,matéria prima e contratando meus primeiros funcionários.Meu pai também ajudou com uma quantia em dinheiro também,que eu tive que aceitar,e caiu muito bem. Tenho mais dois irmãos.Sou o do meio.Vilma é professora de dança,ela ama o que faz e dança lindamente todos os estilos.Hector é fotógrafo e vive viajando pelo mundo junto com sua esposa Alice,que também fotografa.Os dois são loucos,mas formam um belo casal. Eu por enquanto sou o solteirão dos três,e não quero mudar isso tão cedo.Mulheres enlouquecem a gente,uma hora tudo está perfeito,outra hora já está com um humor do cão. Sou um bilionário muito rico e famoso na grande New York.Além da montadora,invisto em outros setores.Como em prédios,companhias aéreas e navais.Tenho um conglomerado de apartamentos,que me rendem dinheiro também. Dentro do meu carro eu vou escutando uma música bem baixinha,que não presto muito atenção na letra.O trânsito está fluindo bem,sem muito transtorno.Estou no meu condomínio em menos de 15 minutos.Minha casa é bem grande,mas vivo sozinho.Minha mãe vem de vez em quando me visitar,e também Eva-governanta-que mora comigo.Ela já é uma senhora de idade,e já faz parte da minha família também.Ela é como se fosse a minha mãe. Estaciono meu carro na garagem,ao lado de outros que eu também tenho.A garagem é subterrânea,com vaga para seis carros.Entro pela porta da garagem mesmo. São 7 horas da manhã,Eva já deve está pela casa. Sinto logo o cheiro do café que acabou de ser feito,um cheiro delicioso. Eu amo café! —Bom dia Eva. Ela toma um pequeno susto o que me faz ri.A cara que ela fez foi muito engraçada. —Quer me matar do coração não é?— leva a mão ao peito.—Bom dia e vê se para de chegar sempre me assustando.Ainda vou dá um infarto nessa cozinha. —Vira essa boca pra lá mulher. Ela é uma das poucas pessoas a quem eu trato e deixo ser tratado com intimidade.Os outros são mais na formalidade,e ando sempre de cara fechada por aí. —Acabei de passar o café.Está fresquinho.—avisa pondo a cafeteira na minha frente. —Como vai a sua neta? No mesmo instante ela abre um sorriso,dá pra ver o carinho que ela sente. —Ela está muito bem.E amou o presente que o senhor deu.Muito obrigada mesmo. —Não precisa agradecer.—me sirvo do café.—Está fazendo o tratamento direitinho não é? —Seguindo tudo a risca. Samy é uma garotinha dos cabelos loiros e de olhos azuis.Linda como um anjinho,uma menina de ouro.Mas que infelizmente foi diagnosticada com o câncer no estômago,e já estava em um estágio avançado.Ela faz tratamento em um dos hospitais mais conceituados dos Estados Unidos e eu faço questão de pagar tudo que ela precisa.Antes vinha aqui com mais frequência e alegrava a casa.Mas agora não pode mais vim,tem que ficar muito tempo no hospital,passando por uma bateria de exames.Gosto de crianças e penso em ter muitas correndo pela casa,fazendo bagunça. Tomo o meu café e vou me arrumar pra mais um dia de trabalho.Vestido no meu terno alinhado ao meu corpo,feito sob medida.Me atrapalho um pouco com a gravata,mas consigo me virar.Tiro de cena o James que a minha família conhece,e o Senhor Crawford o grande CEO,toma espaço. Me despeço de Eva e vou trabalhar.Não gosto de andar com motorista,só quando é realmente preciso.Eu mesmo me conduzo pros lugares,sem depender muito de ninguém. São dois prédios juntos,que fazem parte da mesma empresa.Cada prédio têm 12 andares,divididos em setores.A montadora funciona mais afastada da cidade,e fazemos de tudo pra não poluir a natureza,mas inevitável. —Bom dia senhor Crawford,podemos passar a sua agenda? —Na minha sala Deise. Ela me segue,e se posiciona a frente da minha mesa,com seu tablet em mãos. —Hoje pela manhã o senhor têm duas reuniões importantes com o setor financeiro e também com os sócios.A partir das 9 horas até as 11 da manhã.Receberá também um grupo de alunos que já marcaram hora com o senhor e gostariam de conhecer a Crawford Independent Companies. —Quando eles chegam Deise? —A partir das 2 da tarde senhor. —Pode se retirar agora. Ela acena com a cabeça e sai da minha sala.Tinha me esquecido que vão vim um bando de pirralho que não sabe o que quer da vida visitar a empresa.Não quero me estressar com nenhuma pergunta que alguns deles me fizerem,não tenho saco pra adolescentes rebeldes,revoltados com a vida. [•••] As reuniões são uma chatice,perdi as contas de quantas vezes eu revirei os olhos quando alguns deles falavam algo sem coerência alguma.E ainda pra terminar de piorar,uma secretária de um dos sócios,ficou me assediando a reunião inteira.Estava a ponto de expulsa-la da sala,mas me contive. Ainda tenho que receber uns alunos.Peço pra Deise pedir comida no meu restaurante favorito,não estava afim de sair pra almoçar.Apesar de ter um restaurante para funcionários aqui,preferi almoçar na minha sala mesmo. —Eles estão subindo senhor. Me avisa pela secretária eletrônica.Concerto a minha postura na cadeira,logo me levantando abrindo um dos botões do meu terno.A porta é aberta e entra aproximadamente 12 pessoas,todas me encarando como se eu fosse um bicho desete cabeças. —Bom dia senhor Crawford.—a que aparenta ser a professora da turma se pronuncia.—É um prazer para nós,falar com o senhor pessoalmente. —Bom dia,e o prazer é meu.—Sou educado.Meus pais me ensinaram muito bem. Meus olhos correm por todos os rostos.Até que paro em um certo par de esmeraldas me encarando.Ela é incrivelmente linda,magnífica.De uma beleza natural extrema.Olhos grandes e verdes.Cabelos castanhos caindo sob seus ombros.Nariz perfeitamente esculpido,boca de lábios fartos que parecem ser terrivelmentes macios.Desço meus olhos rapidamente por seu corpo de média estatura,mas de belas curvas chamativas,abraçadas pelo tecido apertado da calça jeans. Estou parecendo um tarado que nunca viu mulher,admirando e desejando uma adolescente,tão descaradamente. Quando volto a realidade,percebo que eles estavam se apresentando. —Sou Wilkerson.—um cara alto,porte atlético diz. A garota de olhos verdes permanece olhando pra mim.Uma curiosidade pra saber o nome dela me bate,e é mais forte que eu. —E você?—aponto pra ela erguendo uma sobrancelha. —Stela.—coça a garganta.Meio desconcertada com meu olhar.—Stela Young. Doce Stela! A voz dela é uma melodia suave,como o coro de anjos. —Alguns alunos gostariam de fazer algumas perguntas para o senhor.—sorri a professora.Ela sorri até de mais,enquanto eu mantenho a expressão séria. —O senhor é casado? Esse tipo de comentário ridículo me deixa irritado.Odeio dá detalhes da minha vida pessoal para as pessoas.Elas querem se intrometer na vida alheia,impor opiniões como se fossêmos obrigados a ouvir. Uma outra garota,com cara de assanhada pergunta,mascando um chiclete,fazendo um barulho insuportável. —Creio que isso não seja da sua conta.—o sorrisinho petulante dela some na hora que eu respondo.—Isso é de cunho particular,e creio eu que não vinheram aqui saber da minha intimidade.E caso queira saber,dê uma buscada no Google. Fui grosso?Talvez. Não consigo tolerar esse tipo de coisa. Eu ainda respondi de forma serena,sem usar mais acidez.A professora ficou visivelmente envergonhada,mas prosseguiu como se nada tivesse acontecido.E eu,não me importei também. Fazem perguntas,algumas até bem elaboradas,devo admitir. —Não vai fazer a tua não Stelão?—a garota do chiclete zomba da garota dos olhos verdes que roubou minha atenção.—Tu que gosta dessas coisas de homem. —Me deixa em paz.—escuto ela sussurrar enquanto cruza os braços. —Crianças!Mais educação por favor!—repreende a professora,não tirando os olhos de mim um minuto sequer.—Estão de mais hoje! Controlo o desejo que me toma,pra não morrer o bico lindo e delicioso que ela faz.Ela ficou fofa.Linda. —O que você gostaria de perguntar? Direciono toda a minha atenção a ela. Tão linda! —Oferecem programas de estágios para todos os gêneros? Que pergunta é essa?Qual empresa que oferece somente vagas para um único gênero?Ou fazem tamanha distinção? —Humm sim?—respondo sua pergunta com outra pergunta.Coisa de i****a,então resolvo concertar.—Oferecemos vagas para pessoas capacitadas,independente de gênero,raça,etnia,enfim.Se estiver no padrão de intelectualidade da CIC você é contratado,se não,está fora. —Está com medo de não te darem um emprego de mecânica?—debocha uma outra garota,baixinha,com cabelos tingidos. Se eu pudesse jogá-la pela janela! Risinhos baixos são ouvidos na sala inteira. Me enfurecendo! —Estão bem grandinhos para fazerem piadas sem graça como está não acham?—encaro o jovem com ódio,e ele nota já que engole em seco.—Cresça e parem com zombarias,já está no tempo de serem cidadãos de verdade.Brincadeiras de m*l gosto é coisa de criança sem educação.O bullying passa longe de ser uma brincadeira.A educação é algo que vem de berço,e certas atitudes,já dizem tudo... Todos na sala se calam,chocados talvez com o meu "sermão". Volto a atenção pra minha garota que me olha atentamente com seus grandes olhos. —Quer se formar em engenharia mecânica?—é o mais provável pra piadinha sem graça que soltaram. Agora eu esqueço de todas as outras pessoas presentes na sala,só enxergo ela,apenas ela. —Exatamente!—Somente agora eu vejo um sorriso largo brotar em seu rosto.E..porra!Ela ficou ainda mais linda. —Já sou formado.Posso te dar umas aulas e dicas.—solto uma piscadinha disfarçada e ela cora,abaixando a cabeça.—Há palestras e cursos na internet,será bom para seu currículo. Não acredito que acabei de flertar com uma adolescente! —Bom senhor Crawford,trouxe os alunos para uma visita técnica a sua empresa.Como já havia avisado a sua secretária,se for do seu agrado,mostrar as partes mais importantes da empresa,e principalmente que envolvam confiabilidade e finanças. Assinto com a cabeça,e começo a mostrar cada setor.Alguns m*l prestam atenção,outros estão babando nas funcionárias que passam por nós.Stela olha tudo atentamente,prestando bastante atenção em tudo que eu falo,olhando diretamente para o meu rosto e eu não desviando meu olhar do seu.A garota,que descobri se chamar Brianna,não parava de se jogar pra cima de mim,só faltou me agarrar no meio de todos. O restante da visita corre bem,tirando o fato de eu ter ficado de p*u duro olhando a b***a dela e seu corpo exuberante.Não mostro que estou afetado,não vou deixar ela constrangida na frente da turma dela. Preciso me tratar. Eles ficam no prédio quase uma hora,conhecem tudo e eu vou explicando algumas coisas. —Obrigada por ceder um pouco do seu tempo senhor Crawford.Agora os alunos já sabem o que coloca na redação. —Fico feliz em ajudá-los.—sou sincero.—Espero que se saiam bem no trabalho. Se despedem e vão para a porta,mas antes de sair a minha garota fala o que eu escuto muito bem. —Ainda vou trabalhar neste lugar! É como se ela estivesse fazendo uma promessa a si mesmo,e não esperava que eu ouvisse. Não sou eu quem irei lhe impedir Doce Stela!