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Casamento de Sangue

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Blurb

Em um mundo onde o poder é medido em dólares e a máfia governa as sombras, um ex-recrutador de mulheres para os sinistros bordéis mafiosos vê-se repentinamente no papel de consigliere. Despreparado e avesso a estratégias, ele é forçado a assumir a liderança após a morte trágica de seus irmãos. O capo, percebendo sua vulnerabilidade, urde um casamento arriscado com sua prima letal, uma assassina impiedosa. Em um submundo onde uma mulher no comando é impensável, ela aceitará o acordo? E o consigliere conseguirá sobreviver a uma aliança tão perigosa quanto o próprio jogo da máfia?

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Prólogo
Prólogo A atmosfera na sala era saturada de vermelho, como se o próprio ambiente estivesse mergulhado em um oceano carmesim. O chão, agora refletindo a luz com intensidade, parecia pulsar como se fosse uma ferida aberta. Cada reflexo era como uma lembrança dolorosa, ecoando as tragédias que ali haviam ocorrido. As paredes, antes imponentes e sólidas, agora pareciam exalar uma tonalidade profunda, como se estivessem encharcadas de sangue derramado. O sofá de mogno, outrora um símbolo de luxo e conforto, estava agora envolto em uma sombra vermelha sinistra, suas curvas elegantes obscurecidas por uma aura de melancolia. As cortinas alvas, agora tingidas com manchas rubras, pendiam como testemunhas silenciosas de um evento sombrio, suas dobras capturando o silêncio pesado que permeava o ambiente. Cada fio do carpete era permeado por esse matiz sangrento, como se fossem veias que pulsam com a energia dos acontecimentos passados, criando uma teia visual que envolvia todos os presentes em sua dolorosa memória. O ar, espesso e carregado, ecoava o sussurro dos eventos passados, um testemunho mudo da transformação da sala em um santuário de memórias mortas, onde o peso do passado pairava como uma névoa densa, impossível de dissipar. Enquanto as ondas sonoras de Don Giovanni, K 527, Act 2, de Mozart, preenchiam o ambiente, tocando uma sinfonia de tragédia em harmonia com o cenário vermelho, a única sobrevivente da família estava sentada em uma poltrona. Seus olhos, fixos nos corpos estendidos diante dela, refletiam uma calma quase sobrenatural, como se a música de Mozart fosse a trilha sonora perfeita para a cena macabra que se desenrolava. Ela, a única conhecedora das notas que dançavam no ar, absorvia cada nuance melódica, transformando a carnificina em uma peça sombria de teatro. A melodia envolvente e melancólica parecia ecoar através dos corpos inertes, como se cada nota fosse uma pincelada na tela da tragédia. Era como se a música e a morte dançassem juntas numa coreografia sinistra, entrelaçando-se em uma dança macabra que preenchia o espaço com uma aura de mistério e desespero. A jovem de 14 anos, imersa nos ápices melancólicos e dramáticos da ópera, conhecia cada nuance da trama envolvente. Seus olhos brilhavam com uma intensidade incomum, refletindo não apenas a luz vermelha que envolvia tudo ao seu redor, mas também uma compreensão profunda da narrativa trágica que se desdobrava diante dela. Banhada na aura carmesim que permeava o ambiente, ela parecia uma extensão do cenário macabro, como se sua própria essência estivesse entrelaçada com a tragédia que se desenrolava. Cada nota da ópera ressoava em sua alma, alimentando sua imersão na história e moldando suas percepções, transformando-a em uma testemunha silenciosa e poderosa da carnificina ao seu redor. Diante dela, um homem de cerca de 40 anos, impecavelmente vestido, cabelos loiros meticulosamente alinhados, observava a cena com espanto. Seus olhos azuis, normalmente brilhantes, agora estavam nublados pela confusão e preocupação. "O que você fez?" questionou ele, sua voz carregada de uma mistura de incredulidade e ansiedade, como se estivesse tentando decifrar a partitura da tragédia que se desenrolava diante de seus olhos. Cada linha de seu rosto parecia esculpida pela tensão do momento, enquanto ele lutava para compreender a extensão dos eventos que acabara de testemunhar. "Eram traidores, isso é o que traidores recebem", ela respondeu calmamente, sua voz serena contrastando com a cena sangrenta ao seu redor. Seu olhar permanecia fixo nos corpos inertes, como se estivesse enxergando além da superfície da tragédia, em um lugar onde a justiça era medida com uma precisão imperturbável. Cada palavra que ela proferia parecia carregada de uma convicção inabalável, como se fosse uma sentença pronunciada por um juiz imparcial. "Tem provas?" Indagou outro homem mais jovem no local, por volta dos vinte anos, uma clara extensão do homem ao seu lado. Com uma beleza asseada semelhante, diferenciava-se apenas pelo olhar vazio e desinteressado compartilhado com a menina à sua frente, sugerindo uma conexão mais profunda entre eles. Seu tom de voz era suave, mas havia uma determinação subjacente, como se estivesse buscando compreender não apenas os fatos, mas também os motivos por trás da tragédia que se desdobrava diante deles. Era como se, apesar da aparente indiferença, ele estivesse lutando para encontrar algum sentido em meio ao caos. A garota apontou na direção da sala de jantar, onde, sobre a mesa de madeira, repousava um dossiê meticulosamente preparado. Meses foram dedicados à coleta de provas antes de ela decidir concluir o que precisava ser feito. Inicialmente, a intenção era usar as evidências para chantagem, lucrando com a desonestidade dos próprios pais. No entanto, ao descobrir que planejavam entregá-la a um velho russo com uma reputação infame, perdeu sua calma e compostura. O demônio que habitava nela tomou controle, levando-a a uma ação irrevogável. Seu gesto de apontar para o dossiê era um convite silencioso para que os presentes examinassem as evidências, cada página revelando uma traição mais profunda do que a anterior, até que a verdade se tornasse inegável. E naquele momento, na penumbra da sala tingida de vermelho, as escolhas e consequências se entrelaçavam em uma dança sombria, onde o destino tecia sua trama implacável. "Se há provas, não há o que ser feito, ela será mantida sob proteção da máfia", disse o homem mais novo, sua voz ecoando com uma autoridade que revelava sua conexão com o mundo sombrio que agora se desvendava. Seus olhos, antes vazios e desinteressados, agora brilhavam com uma determinação fria, sugerindo que ele estava mais do que disposto a assumir o controle da situação. Era como se cada palavra que ele pronunciasse fosse uma sentença, irrevogável e final, que ecoava no silêncio tenso da sala. E naquele momento, a presença da máfia pairava sobre eles como uma sombra sinistra, prometendo proteção, mas também trazendo consigo um peso opressivo de consequências desconhecidas. Seu pai suspirou pesadamente. "O que os soldados mais conservadores pensarão? Ela é apenas uma mulher", disse ele, reconhecendo o desafio que enfrentaria ao explicar como uma garotinha era capaz de tal determinação. Ele sabia que muitos na máfia poderiam subestimar o poder e a inteligência feminina, enxergando-a apenas como uma ameaça periférica. No entanto, ele também compreendia que o que ela havia feito poderia desencadear uma reavaliação dos valores arraigados na cultura da organização criminosa. Os anos de abuso doméstico e traição por parte de alguns membros da máfia poderiam ser trazidos à tona, levando a uma reavaliação interna e, potencialmente, a mudanças significativas nas dinâmicas de poder dentro da organização. Era um dilema complexo, onde as ações de uma garota poderiam desencadear uma revolução silenciosa nos corredores sombrios do submundo criminal. "Ela protegeu a máfia de traidores, ou eles pretendem apoiar os ratos?" respondeu o mais novo, sua voz carregada de desdém pelos velhos moralistas que ainda se agarravam a ideias ultrapassadas. Ele não tinha mais paciência para aqueles que nada faziam para engrandecer a máfia, mantendo-se confortavelmente instalados em cima de uma estrutura de poder antiquada, enquanto exploravam mulheres vulneráveis para alimentar seus egos frágeis. Sua visão era clara e direta: proteger a organização a qualquer custo, mesmo que isso significasse desafiar as convenções estabelecidas e confrontar aqueles que se opunham à mudança. Para ele, a lealdade à máfia vinha antes de qualquer consideração moral ou ética, e ele estava determinado a garantir que os interesses da organização fossem protegidos, independentemente das consequências. Seu pai acenou com relutância. Seu filho precisava assegurar a proteção de Elizabeth; ele enxergava nela um potencial tanto para fins táticos quanto intelectuais. No entanto, compreendia que o mesmo poderia voltar-se contra eles caso a tratasse com negligência. Diante da garota, ele parou, analisando seu corpo imóvel. Não havia traços de angústia, tensão, ou qualquer emoção em seus olhos vazios. Era como se ela estivesse além do alcance das emoções humanas, imersa em um estado de sereno desapego que a tornava imprevisível e, ao mesmo tempo, intrigante. E naquele momento, enquanto os homens ao seu redor debatiam os rumos da máfia, ela permanecia ali, um enigma envolto em silêncio, aguardando seu próximo movimento com uma calma fria e determinada. "Está sob minha proteção" declarou o mais novo para a garota. Elizabeth ouviu atentamente. O futuro era uma incerteza que a incomodava profundamente, uma vez que sempre tentava calcular minimamente sua vida. No entanto, agora percebia que sua precipitação resultaria em consequências das quais teria que enfrentar. O peso do desconhecido pairava sobre ela, e a incerteza do caminho à frente se tornava uma sombra constante. Cada passo adiante representava um salto no abismo do desconhecido, onde as consequências de suas ações poderiam moldar seu destino de maneiras imprevisíveis. E mesmo que ela tentasse encontrar conforto na proteção oferecida pelo mais novo, sabia que a jornada à frente seria marcada por desafios e sacrifícios, exigindo dela uma coragem e resiliência que talvez nunca tenha imaginado possuir. Levantou-se da poltrona e acompanhou os homens para fora da mansão. Seus próximos pensamentos eram envoltos por uma frase que ela havia lido durante suas aulas de latim, cujo significado compreendia perfeitamente diante de sua situação atual. "Fiat justitia et pereat mundus." Que a justiça seja feita, mesmo que o mundo pereça.

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