Do Asfalto ao Morro

Do Asfalto ao Morro

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intro-logo
Blurb

Na favela da Rocinha, Vespa construiu seu império no crime para garantir o sustento da mãe e dos irmãos. Sem a presença de um pai, ele aprendeu cedo que o mundo pertence a quem tem coragem de tomá-lo. Entre tiros, lealdades frágeis e um passado que o assombra, ele se torna o dono do morro.

Do outro lado da cidade, Natalia é uma jovem médica determinada a deixar para trás as dores e segredos que a marcaram. Sua vida gira em torno dos plantões e estudos, até que, numa noite de baile, o destino a coloca frente a frente com Vespa.

Um encontro que começa como um deslize logo se torna um jogo perigoso entre desejo e perigo. Enquanto Natalia tenta resistir à sedução desse mundo sombrio, Vespa se vê pela primeira vez vulnerável diante de um sentimento que não pode controlar.

Mas no morro, amor e guerra andam lado a lado. E para sobreviver, ambos precisarão decidir até onde estão dispostos a ir.

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Episódio sem título
Natalia narrando Desde de muito nova aprendi a dar valor as coisas pequenas da vida, elas podem não ser consideradas as mais importantes por muito, mas meu dia se faz em um simples sorriso de uma criança e o ar que respiro. Sou uma jovem de 20 anos que sonha em ser uma médica, dizem que sou a menina mais bonita do bairro. Mas isso não me importa, tenho olhos verdes, 1, 59 de altura. Essa era eu. Mas tudo mudou quando fui traída pelas duas pessoas em quem mais confiava minha ex melhor amiga, Camila, e meu ex-namorado, Ricardo. A decepção foi muito grande destruindo não apenas minha confiança nos outros, mas também a leveza com que eu via a vida. Desde esse dia nunca mais abaixei minha cabeça para ninguém nem me deixo ser manipulada hoje minha única amiga é a maluca da Cristina ela que me contou da traição dos dois e agora dividimos um apartamento — Natalia, tem 30 minutos que estou tentando falar contigo Diz sorrindo. — Nat, hoje à noite vai ter festa e eu quero que você venha comigo – disse Cristina, com um sorriso persuasivo – é uma chance da gente conhecer Vespa e o Tigre, sabe, aqueles caras que comandam tudo lá na área. Eu estava sentada no sofá com um livro na mão, hesitei e franzi a testa — Mas, Cris, você sabe que esses nomes são estranhos quem usar esse tipo nome? - Pergunto - não sei ... Eles têm fama de serem complicados. — Cristina se sentou ao meu lado pegou na minha mão e com a voz confiante, acrescentou — É por isso mesmo que você tem que ir! Além de ser uma noite diferente, você vai ver como eles são, na verdade, vem comigo, vai ser divertido e quem sabe a gente não descobre um novo lado do morro. Após um instante de silêncio, dei um meio sorriso e, ainda insegura, respondi — Tá bom, me convenceu. Mas se der merda, a culpa é sua, hein! Cristina riu e me abraçou. Quando deu nove horas eu e Cris, começamos a nos arrumar para ir ao baile — Ele é maravilhoso — ela diz se referindo ao tal tigre, pois ela já saiu com ele — Nat, precisamos decidir o que vestir hoje no baile da Rocinha. Você já pensou em alguma coisa? — Estou meio em dúvida, Cris. Queria algo que fosse estiloso, mas sem perder a simplicidade do morro, sabe? — Exato! Eu estava pensando em usar aquele top estampado que comprei, combinado com uma saia midi. Acho que fica a cara do rolê. — Nossa, gostei! Eu estava pensando em algo talvez um top vermelho de renda e um short de alfaiataria preto de cintura alta, pra ficar confortável dançando — Perfeito! Conforto é essencial. E, claro, uns saltos estilosos que dê conta do baile. — Então, mãos à obra! Vamos transformar essas ideias em estilo. A noite estava linda, a lua estava linda e eu estava me preparando para participar do meu primeiro baile funk. Cristina estava me ajudando com a maquiagem a bixa arrasa ela fez um olho super marcado e na minha boca eu coloquei meu batom favorito vermelho, no meu cabelo deixei ele solto do jeito que eu gosto. sigo para a sala onde encontro a Cristina já chamando o carro de app para irmos ela estava um arraso. Ao chegar à recepção do prédio, Cristina deixou pegou celular e abriu o aplicativo para verificar nosso carro. Enquanto o carro se aproximava Cristina já entrava no clima da festa. O motorista, simpático nos recebeu com um sorriso e uma “boa noite” caloroso Assim que nos acomodamos no banco traseiro, o carro iniciou o trajeto. Ao chegarmos no baile, eu fico impressionada com a quantidade de pessoas ali. O som estava alto e tinha muita gente dançando. — Amiga, antes de tudo, precisamos decidir o que vamos beber! Não dá para começar a curtir sem um bom drink na mão. — Concordo! Mas eu estou na dúvida… será que você vai de gin tônica ou parte para uma caipirinha logo de cara? — Ih, a caipirinha já chega chutando a porta, hein? Se for de maracujá, eu topo! — Maracujá é top, mas morango com limão dá aquele gostinho doce na medida certa… — Hum… ou a gente pode pedir uma dose de tequila só pra dar aquele começo de noite! — Meu Deus, Cristina, você quer me romper já no começo? — Claro que não, amiga! Só quero garantir que a gente entre no clima da festa do jeito certo. — Tá bom, tá bom… vamos fazer assim: começamos com uma caipirinha de morango, depois vemos se encaramos a tequila. — Fechado! E depois de uns drinks, quero ver quem vai rebolar melhor no meio da pista. — Ah, pode anotar: essa competição já tem dona! - nos duas rimos e seguimos em direção ao bar, prontas para começar a noite com o pé direito A batida do funk era contagiante fazendo vibrar meu corpo eu e Cristina dançávamos ao som da música. O baile estava no auge estava tudo perfeito No meio da pista nos duas dançávamos sem reservas, deixando se levar pelo ritmo envolvente. Eu dançava enquanto Cristina ria. — Tá vendo aqueles dois ali? O camisa preta é o Vespa, e o outro, de corrente grossa, é o Tigre. Eles que manda em tudo aqui. — E eles já notaram a gente... – digo sentindo meu corpo queimar sobre o olhar do homem de camisa Preta — Notaram? Estão praticamente devorando a gente com os olhos! – fala com rindo — Pois é... Acho que a noite ficou ainda mais interessante. De repente, um homem chegou perto da gente. Ele estava com um fuzil nas costas. tinha o olhar atento, ele não estava ali por acaso. Vestia uma camisa branca justa, corrente dourada no pescoço e um relógio reluzente no pulso. ele parou ao nosso lado e nos duas diminuímos o ritmo, trocando um olhar rápido antes que ele falasse. — Boa noite, meninas. — A voz dele era firme, mas sem agressividade. — Vocês estão sendo convidados para o camarote. Eu e Cristina arqueamos as sobrancelhas, jogando os cabelos para trás. — E quem tá chamando a gente? — Disse, cruzando os braços. O homem deu um sorriso discreto, sem pressa na resposta. — Os chefes do morro querem conhecer vocês. — diz nos olhando e pontando para o tal camarote onde o de camisa preta levanta seu copo como se fosse um brinde O meu coração acelerou. Eu sabia o que aquilo significa. O camarote não era para qualquer um. Lá de cima, os donos do morro observavam tudo, comandavam tudo Eu olhei para Cristina, como se perguntasse "E aí?". Cristina respirou fundo e, com um sorriso de canto, respondeu: — Então, vamos subir. O homem concordou e fez um sinal discreto com a cabeça. Para nos duas o seguir, eu podia sentir os olhares de algumas pessoas ao nosso redor acompanhando nossos passos. Principalmente das mulheres chegando ao camarote, onde a vista para o baile é privilegiada. Cristina me cutuca e discretamente e aponta para dois homens conversando perto do balcão. Cristina e eu estamos no camarote, observando a movimentação do baile lá embaixo. e o cheiro de whisky misturado ao aroma de maconha paira no ar aqui no camarote. De repente, Vespa e Tigre se aproximam. — E aí, meninas? Curtindo o baile? — cumprimenta o tal tigre. - Sejam bem-vindas ao morro da rocinha. Sou o Tigre o sub daqui e esse é o Vespa o dono da p***a toda – diz – e vocês são?? — Agora ficou mais interessante… — diz Cristina provocando – Meu nome é Cristina e essa é minha amiga Natalia. — Não me lembro de ter visto vocês por aqui antes. Quem trouxe? — diz a tal vespa, com um olhar sério. — A gente veio por conta própria. Mas parece que fomos bem recebidos. — Respondo olhando nos seus olhos — Isso é porque só convidamos quem merece. — diz o tigre com sorriso debochado. — E vocês chamaram a gente aqui pra quê? Só pra trocar ideia ou tem outro motivo? — Diz a Cris com tigre — A gente gosta de conhecer quem chama atenção no nosso baile. E vocês chamaram. — Vespa responde me encarando — Então agora já conheço… E aí? — respondo a ele dando um gole no whisky o tigre responde — Agora a gente vê até onde essa noite pode levar. Vespa, Cristina, eu e Tigre seguimos conversando em meio ao som alto do baile. Cristina, sempre afiada, soltou comentários provocativos, enquanto eu so observava De repente, duas mulheres, vestidas com roupas curtas e alongadas, se aproximaram com sorrisos insinuantes. Uma delas passou a mão no ombro do Vespa, inclinando-se para falar perto — Sumido, hein? Tá devendo atenção pra gente… — Vespa revirou os olhos sem paciência olhando para os vapores na entrada do camarote — Tira essas duas daqui. Já falei que hoje não tem vez pra elas. — Posso deixar, chefe. — diz assentindo — Bora, desce lá pra pista. O camarote não é pra vocês hoje. — Aff, vocês que estão tão perdendo. — diz revirando os olhos — Pelo contrário… A gente já ganhou a melhor companhia da noite. — Diz o vespa

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