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Collin - Por Trás da Máscara

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Collin, assim como outros garotos da máfia foi um adolecente que teve sua iniciação logo cedo. Seu passado carrega mágoas e traumas. Tudo piora quando ele é mandado para eliminar um casal que passava informações às máfias rivais. Ele é obrigado a eliminar ambos na frente da filha do casal que na época era apenas uma criança.

As lembranças o assombram a noite, os olhos de desespero da menina sempre lhe vem a mente quando fecha os olhos.

Anos depois o conselho da Máfia Italiana decide que Collin deve se casar pois é filho de um ex m****o importante, mas o que ele não esperava era encontrar aqueles mesmos olhos de medo e terror o esperando no altar.

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Anna
Anna Eu tinha 13 anos quando vi meus pais serem executados na minha frente. Eles eram traidores da mafia italiana e o Capo não perdoava traição. Fiquei até meus 21 anos trancada dentro de um convento sob a responsabilidade da mafia italiana até que em um dia ensolarado me foi dado a notícia que me casaria com um homem temido. Quase um fantasma. De início aceitei, sabia que meu destino desde sempre era esse mas o que eu não imaginava era que esse homem com quem casaria era o mesmo que puxou o gatilho executando meus progenitores. *********************************************************************** Ouvi uma batida na porta. Era ele, ele sempre fazia isso antes de sair em alguma missão longa. Eu era agraciada por poder ficar dias e mais dias longe dele. Eu não suportava olhar naquele rosto e lembrar daquela cena que por muitos anos foi motivo de pesadelos e lágrimas. Durante muitas noites após o casamento pensei em tirar minha própria vida, por mais que ele nunca tenha tentado me tocar ou me forçar a qualquer coisa me sinto a mulher mais infeliz do mundo. Quando nos casamos eu vim pra cá totalmente em pânico, imaginando como seria a noite de núpcias, mas no fim tudo que ele fez foi me entregar uma chave. Chave esta que é do quarto onde estou. Não contive minha alegria em saber que eu poderia ficar longe do toque dele e esbocei um enorme sorriso. Ele ficou me olhando fixamente e eu pensei que seria estragulada ou algo pior. Me tranquei por dias no quarto, três vezes ao dia ele batia na porta e logo saia. Quando eu ia abrir sempre tinha uma bandeija com alimento, ele sabia que eu não sairia da minha reclusão enquanto ele estivesse presente. Algumas vezes ele bateu e disse '' vou para uma missão longa. Não tenho previsão de retorno.'' Esses momentos eram os mais felizes possiveis. Eu contava as horas pra ouvir a porta de saída batendo. Me jogava no sofá, explorava o apartamento que não é muito grande, fazia as tarefas de casa somente por fazer mesmo, Collin é um homem organizado e higienico. Certo dia ele fez a mesma coisa, disse que iria para uma missão de alguns dias e saiu. Eu fiquei extremamente feliz, fazia tempo que ele não viajava. Ele ficou uns cinco dias fora, eu estava na cozinha devorando a geladeira, eu não engordava em hipotese alguma e nunca descobri o motivo, quando ouvi um barulho de passos. Quando olhei pra trás lá estava ele, enorme como da ultima vez que o vi, sua camiseta branca estava manchada de sangue, sangue esse que vertia do seu rosto. Foi uma imagem terrivel e me fez lembrar daquela noite de execução. Ele me olhou e virou o rosto imediatamente. _ Não queria assustar você! _ O que houve com seu olho ? Eu nunca havia conversado com ele, eu sentia saudade de falar com alguém que não fosse os ursos de pelúcia que decoravam meu quarto. _ Uma mulher arrancou. _ Nossa, essa mulher era perigosa. _ Um pouco. Vou me retirar, pode ficar a vontade. Ele virou as costas e foi para o quarto, era obvio que ele estava com dor. Estamos casados a quase dois anos e eu nunca havia conversado com ele e apesar de tudo o que aconteceu no passado ele cuida de mim e eu me sinto na obrigação de retribuir o respeito e privacidade que ele me fornece. Lembrei que tem um kit de primeiros socorros no meu quarto. Corri e peguei. Bati na porta dele alguns minutos após ouvir o chuveiro desligar. _ Entre. Ele estava deitado, a cama dele era enorme mas com o corpo dele ali.. parecia minúscula! _ Vim ajudar você com o curativo.. Não sei de onde tirei toda a coragem, mas ferido daquela forma ele parecia extremamente vulnerável, senti como se pudesse lutar contra ele se necessário. _ Não sente nojo ? _ Não.. acho que não. Coloquei a maleta ao lado da cama e olhei bem o rosto dele, estava bem machucado mas a sutura estava intacta. Aprendi algumas coisas maratonando séries de médicos e hospitais. Limpei ao redor para retirar o restante do sangue seco e enfaixei bem pra proteger de sujeiras ou qualquer coisa que poderia levar a uma infecção. Ele gemeu de dor e fiquei com muita pena, tinha certeza que ele teria febre. Peguei alguns analgésicos da mala e um termometro, ele tomou e eu vi que ele apagou. Me escorei na cama pra esperar até o antitermico fazer efeito mas acabei pegando no sono. As noites que ele estava fora eu praticamente fazia festa sozinha então dormia muito pouco, o sono me pegou de jeito.

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