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UM ANESTESISTA EM MINHA VIDA

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Blurb

Dr.Renan Andreollo trabalha em um hospital de trauma no centro de Dallas, durante um de seus plantões eles recebem uma paciente com seu filho.

Mesmo em meio do furacão no qual a sua vida estava naquele momento, não deixa de cumprir o seu juramento com a vida e com o próximo.

Mary Pape, artista plástica que vive um relacionamento tóxico e agressivo com seu marido, após uma nova série de agressões decide fugir com o filho, encontrando pessoas maravilhosas em seu caminho.

Com um marido perseguindo por onde quer que vá, ela decide que fugir é o melhor para que seu pequeno filho não seja criado por um lunático.

Ravi Pape, um garotinho de dois anos, amoroso e confuso, mas encontrará nos braços de um médico desconhecido o verdadeiro significado de carinho e amor.

Um encontro pela casualidade, uma mãe que sofre agressão doméstica, uma criança carente e que não entende o que estava acontecendo ao seu redor e um médico disposto a fazer a noite daquele menino um pouco mais divertida.

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01 - Renan Andreollo
Renan Andreollo Falta apenas dois dias para o natal e continuo aqui preso no hospital. Mas um paciente com a vida em minhas mãos, enquanto mantinha a sedação para que meus colegas realizassem o trabalho deles com destreza e perfeição. Ser anestesista pode parecer algo sem importância alguma, mas sem o nosso trabalho e conhecimento jamais que os meus colegas poderiam iniciar qualquer cirurgia. O fato de estamos passando por mais um feriado prolongado era o motivo de estarmos a quase vinte horas no bloco cirúrgico sem descanso, parece que todos que resolveram beber bateram os seus carros, bicicletas ou se jogaram de algum prédio. Olho para o relógio novamente e estou com a paciente sedada há quase cinco horas, diminuo dois miligramas de midazolam e realizo testes de Ramsay, aviso meus colegas e olhamos para os monitores para ver os parâmetros da paciente que estava na nossa mesa. Os monitores apitam assim que diminuo o midazolam, estimulo a sua cervical e observo quando as suas pálpebras tremulam em resposta ao estímulo motor. Volto a aumentar a sedação para que meus colegas voltem ao trabalho. Continuo sentado na minha banqueta e começo a fazer a evolução da minha paciente aproveitando o momento tranquilo que estávamos, já que uma cirurgia pode sair da tranquilidade para o caos em questão de segundos. Enquanto mantenho a cabeça baixa escrevendo, decido não dar atenção ao que o Dr. Mauricio falava com a colega que o auxiliava. Não posso evitar que a minha mente se volte a confusão que a minha ex-esposa está causando na minha vida, principalmente ao meu humor que já não é dos melhores. — Renan, o que você acha? — Maurício consegue a minha atenção. Olho para os dois que estavam conversando, sabe-se lá sobre o que, fico calado esperando que algum repita o assunto em questão, noto quando Mauricio revira os olhos e se vira na minha direção retirando o cauterizador da cavidade abdominal da paciente. — A festa de fim de ano, nossa equipe em grande maioria estará de plantão, então vamos fazer algo? — Deixo que um sorriso se forme no meu rosto. — Sabe que não me importo com isso, mas posso contribuir! — Digo voltando a olhar para a papelada que estava na minha frente. Realmente não me importo festas de fim de ano desde que descobri que nunca poderia ser pai, mesmo assim não larguei a mão da mulher com quem estava casado, podíamos tentar outros meios para conseguir realizar meu grande sonho. Mas não era isso que a minha ex-esposa tinha em mente, ela confessou que ter uma criança não era o que ela desejava, já que seriam um empecilho para a vida que ela estava buscando. Por fim acabei cedendo, já que me recusava ao divórcio. A gota d’água para o fim do meu casamento foi saber que a instituição do casamento só era sagrado para mim, mesmo após quinze anos de casamento. Para conseguir o divórcio ela me exigia mais da metade dos meus bens, mesmo que o nosso casamento seja parcial de bens. Estou agora brigando na justiça para que ela não coloque a mão no que não pertence a ela, não me importo em entregar a metade do que construí nos últimos anos trabalhando em um ritmo frenético apenas para que ela não passasse por nenhuma dificuldade. Mas pelo visto não é o que ela deseja, já que estamos há quase um ano nessa briga toda, não n**o que ainda a amo, tivemos uma vida juntos, mesmo que não tenha conseguido realizar com ela o meu maior sonho, ainda, sim, amei realmente essa mulher de todo o meu coração. Cinco horas e meia, foi o tempo dessa laparotomia exploradora, desligo lentamente a sedação enquanto a equipe prepara os curativos para levar a paciente para o pós-operatório. Quando a paciente já estava pronta para sair do centro cirúrgico, desligo totalmente a sedação e observo enquanto ela começa acordar. — Bem-vinda de volta! — Digo enquanto passo a mão em sua testa. Percebo a sonolência que ainda estava nela e permito que a equipe de enfermagem a levem para o pós-operatório. Saio da sala assim que recolho meus pertences de cima da pequena mesa de mayo reservada para mim, meu celular tinha algumas notificações e ignoro todas elas. Já que é minha ex-esposa pedindo que deixe a casa livre para que ela possa realizar a ceia de natal com a família dela por lá. Mas dessa vez bati o pé e não sairei de casa, já que foi ela que arrumou as malas e saiu de casa quando disse que aquela casa não entraria na partilha de nosso divórcio. Me recuso em me desfazer do lugar que tenho as melhores recordações do meu casamento. Vou até o quarto reservado para os anestesistas de plantão e deixo meus pertences no meu armário e deito na cama para descansar um pouco, deixo a luz do teto desligada e apenas o spot no rodapé do quarto ligado para que a outra anestesista não tropece ao entrar. Não demoro muito para pegar no sono, minha mente vaga para o período em que achava estar vivendo o melhor época da minha vida. Havíamos viajado para Montana, o clima de romance estava lá e desejava ter um filho, a via se justificando a cada dia, a cada ciclo e no fim, a criança que desejava não veio. Acordo assustado com o barulho que vinha da porta, levanto a cabeça e vejo a Thalita entrando com uma cara de cansada, pelo visto o paciente dela deu muito mais trabalho que a minha. Olho para o meu relógio e passou da meia-noite, ou seja, hoje é véspera de natal. Levanto da cama e saio de fininho do quarto, estou sentindo fome, talvez possa ir até a lanchonete que fica no saguão, pego a minha carteira e coloco no bolso do meu jaleco, olho mais uma vez pelos corredores e vejo que a maioria dos médicos estava procurando um quarto para poderem descansar. Caminho com letargia entre os corredores do hospital general de Dallas, é um complexo enorme com várias entradas para funcionários, mas havia apenas uma porta de emergência. Atravesso as portas que separam a área restrita para funcionários de onde ficam as pessoas que aguardam por alguma noticia sobre seus entes queridos. Caminho até a lanchonete, a atendente sorri com gentileza na minha direção, sento em um das banquetas e olho para a vitrine onde havia vários tipos de lanches naturais. Posso ter 48 anos, mas garanto que ainda consigo fazer sucesso na pista, pena que apenas não tenho mais disposição para esse tipo de aventura na minha vida. Indico o lanche que quero e a vejo servindo em um prato com um suco de framboesa gelado. Começo a comer enquanto olho para as notícias que passavam na tela atrás do balcão e me surpreendo o quanto a guerra da Ucrânia e Rússia se prolongava dessa forma. Tantas pessoas morrendo porque homens gananciosos queriam ainda mais poder. Não conseguia entender isso. Antes que terminasse de lanchar, olho para a entrada do saguão e podia ver que um carro se aproximava em alta velocidade. Quando o carro entra pelo saguão, largo tudo o que estava fazendo e começo a ver se as pessoas que estavam sentados espalhados pela recepção estavam bem. Apenas uma sofreu algumas escoriações e precisará de pontos. Provavelmente o motorista deve ser algum alcoolizado irresponsável que além de ter provavelmente se matado, ainda quase levou outros com ele. Com o barulho que houve, a maioria dos médicos da emergência apareceu assim que me aproximei do carro e para a minha surpresa era uma mulher que estava no volante. Ela é linda, porém o seu rosto estava cheio de hematomas que com toda certeza não foi da batida. — Ravi… — Ela sussurra enquanto tenta esticar os braços para o pequeno garotinho assustado na cadeirinha atrás dela. — Moça? Me ouve? — Pergunto assim que a vejo desmaiar. Consigo abrir a porta e verifico os sinais vitais dela, estava fracos, mas mesmo assim ainda havia vida ali. Olho para trás e os olhos do garotinho estavam assustados, respiro fundo e toco em seu rosto com delicadeza. — Ei! Campeão! — Digo dando espaço para os médicos a retirarem do carro. Dou a volta no carro, abro a porta que estava o garotinho e me aproximo devagar para que ele não se assuste ainda mais. Começo a examinar os seus bracinhos e pernas. — O que será que aconteceu com eles? — Ouvia Mauricio perguntando. — Acho que foi o desespero, a criança é bem cuidada! — Digo quando o ergo da cadeirinha e o pego no colo. O choro do menino chama atenção da maioria dos médicos e enfermeiros que estavam por perto. Mas precisava entregá-lo para poder ajudar a mãe. — Não. — Ele se agarra ao meu pescoço e não deixa que mais ninguém o toque. Droga, agora terei que ser babá desse lindo menino. Olho para onde eles levam a mãe de Ravi e os acompanho de perto para poder realizar um exame mais minucioso no pequeno que parecia um macaquinho agarrado ao meu pescoço. — Vamos lá campeão, o tio precisa ver se está tudo bem com você! — Digo olhando para a mãe do garotinho que estava na sala da frente. Finalmente a pediatra chega para olhar o pequeno que estava soluçando no meu colo, me sentia perdido, não sabia o que fazer com aquele garotinho desconhecido, enquanto deveria estar me preparando para alguma possível cirurgia. — Renan, não vejo nada de errado com a criança, acho que ele deve estar apenas com fome! — A pediatra diz, como se fosse o responsável pela criança. — Ah! Pare de me olhar assim, o menino parece que confia com você. Ela brincava com ele, fez um balão com a luva, o que fez ganhar um sorriso cheio de dentinhos brancos, o que me fez amolecer o meu coração. — Fique com ele até que a mãe acorde e explique o que houve! — n**o com a cabeça. — Está louca, para isso existe conselho tutelar… — Ela me olha feio e abre os olhos quase implorativos. — É natal, cadê o seu espirito natalino? — Reviro os olhos e noto quando todos sorri para mim. — Tudo bem, o que devo comprar para manter o pequeno? — Por mais que desejasse ser pai, na verdade, não fazia a menor ideia de como cuidar de uma criança. Olho para o pequeno que boceja no meu colo e deita a sua cabecinha cheirosa no meu peito. — É garotão, será apenas nos dois! — Sussurro, enquanto a pediatra prepara uma lista de coisa que precisarei para ficar com ele até que a sua mãe possa realmente cuidar dele.

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