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O Legado Neankanaua

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A muito tempo existiu um povo dotado de grande força, habilidade e inteligência, eles eram muito ligados ao planeta e seus elementos, sua cultura era muito rica e alegre. Contudo, esse povo nem sempre foi tão forte e dotado de habilidades místicas elementares, houve um tempo em que eles eram apenas humanos comuns, desejando um futuro brilhante e pacífico.

O povo Neankanaua, como ficaram conhecidos posteriormente, chamou a atenção dos deuses cultuados naquele continente, esses deuses desceram de suas moradas nas alturas e vieram a se misturar com aquele povo, com o tempo passaram a ter filhos com eles e aos poucos o povo que era humano se tornou puramente uma raça nova, mistura de sangue humano e divino.

Ávelyn é possivelmente a última descendente de um povo poderoso e oprimido, ela terá que fazer escolhas entre auto preservação ou um "bem maior".

Uma história de fantasia, regada a magia e um enredo delicioso. Um mundo totalmente novo.

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Prólogo
A muito tempo existiu um povo dotado de grande força, habilidade e inteligência, eles eram muito ligados ao planeta e seus elementos, sua cultura era muito rica e alegre. Contudo, esse povo nem sempre foi tão forte e dotado de habilidades místicas elementares, houve um tempo em que eles eram apenas humanos comuns, desejando um futuro brilhante e pacífico. O povo Neankanaua, como ficaram conhecidos posteriormente, chamou a atenção dos deuses cultuados naquele continente, esses deuses desceram de suas moradas nas alturas e vieram a se misturar com aquele povo, com o tempo passaram a ter filhos com eles e aos poucos o povo que era humano se tornou puramente uma raça nova, mistura de sangue humano e divino. Por diferenças ideológica eles acabaram se afastando dos outros povos, tornando-se um povo reservado e misterioso. Com o tempo os deuses voltaram para sua morada, foi decidido que não era justo que favorecessem um único povo dentre os demais, por tanto eles juraram não interferirem diretamente nas decisões humanas e em vez disso escolheriam dentre os Neankanaua, uma sacerdotisa para mediar entre os humanos e os deuses. Centenas de anos se passaram e os humanos que viviam nas margens das terras dos Neankanaua começaram a temer seu poder. Aquele povo não era hostil, mas uma vez que tentassem tomar e dominar o continente ninguém conseguiria se opor a eles, em vista disso o medo consumiu os humanos século após século, levando-os até o limite. Então um dia, mais de mil anos após o surgimento daquela nova raça, os humanos finalmente chegaram ao seu limite. Sob o comando do menor reino entre eles, o reino Ultinere, eles formaram o Exército da União Humana (E.U.H) e planejaram minuciosamente sua investida contra aquele povo. O medo daquilo que não podem controlar cegou os humanos sobre dois fatos importantes, o primeiro é o fato de que apesar de seu poder, os Neankanaua eram um povo pacífico que nunca se interessou em aprender a arte da guerra. O segundo era o fato mais óbvio, apesar de poderosos e misteriosos, o medo do E.U.H era baseado em preconceito, os Neankanaua não era uma raça de deuses ou demônios... Eles eram humanos. Após meses de planejamento e estratégia o E.U.H finalmente atacou os Neankanaua, ao contrário do que esperavam quase não houve resistência. Aquele povo que nada sabia sobre a guerra sequer teve chance, alguns tentaram lutar para que os mais fracos pudessem fugir, mas quase ninguém conseguiu escapar do genocídio em massa exceto uns poucos Neankanaua e alguns humanos que viviam entre eles, casados ou não com membros daquele povo. As mãos da humanidade ficaram embebidos em sangue e esse sangue não seria lavado por muito tempo, aquelas mãos não seriam perdoadas por muito tempo, sejam os deuses ou os Neankanaua, ninguém esqueceria. A perseguição aos Neankanaua não acabou com o fim da guerra, mesmo depois da E.U.H reconhecer que o que fizeram foi errado e ordenarem que aquele povo deveria ser deixado em paz, o coração humano que via nos Neankanaua monstros cruéis e sanguinários, não podia se curar de seu preconceito baseado em nada. Os humanos continuaram a tratá-los como inferiores, é claro que alguns não eram preconceituosos, mas a maioria era. Mesmo após séculos os humanos não aceitavam qualquer um que fosse Neankanaua, então para sobreviver entre os humanos eles aprenderam a mudar sua própria aparência. A aparência Neankanaua era incomum, eles eram mais altos que os outros humanos e sua pele carregava sempre uma aparência saudável independente de sua cor, a maioria tinha cabelos longos e volumosos, fossem eles homens ou mulheres, quanto aos corpos, as mulheres possuiam estrutura corporal mais delgada e suas pernas eram bem torneadas graças ao estilo de vida fisicamente ativo. Os homens exibiam troncos musculosos, mas sem exageros, eles viviam de caça, pesca e do que a terra produzia, para manter suas atividades era necessário um corpo apto ao trabalho, mas talvez o sangue divino tenha ajudado. O cabelo deles também os diferenciava muito dos demais humanos, eles possuiam cabelos das mais variadas cores desde o branco até as cores mais vibrante , mas os cabelos poderiam ser facilmente escondidos mesmo com seus riscos de serem descobertos, porém havia algo que todo Neankanaua tinha em comum e que era impossível de se esconder sem ajuda mística, seus olhos violeta vibrante. Aquela cor de olhos era exclusividade dos Neankanaua e aprender a esconde-los ditaria se sua raça seria extinta ou não. Após anos de medo e fuga, eles finalmente aprenderam uma mágia que mudava seu tamanho, cor de cabelo e é claro, a cor dos olhos. Essa técnica mística era ensinada às crianças desde cedo e até que elas pudessem aprender, seus pais as escondiam da melhor forma possível. Com o tempo os pais descobriram que com certos estímulos, a aparência dos bebês mudavam ainda recém nascidos. Mas nada é perfeito, se sofressem emoções muito fortes e perdessem o controle, os olhos voltavam ao normal visto que era o mais difícil de manter escondido. Vários Neankanaua foram pegos devido a essa "falha" e muitos morreram, a E.U.H fazia o melhor para punir qualquer um que matasse um Neankanaua, mas m*l conseguia manter a ordem. Várias nações pagariam qualquer coisa para ter um exemplar da espécie em sua posse, seja para a guerra ou para que seus reis e rainhas tivessem filhos com eles e gerassem um sucessor poderoso, visto que independente de quem fosse o pai ou mãe humano a criança nascia puramente Neankanaua . Aquele povo não tinha um minuto de paz e tudo ficou pior quando a E.U.H foi desfeita, eles chegaram a beira da extinção. ❇❇❇ A tempestade lá fora era violenta, relâmpagos clareavam o céu e o som da chuva caindo sobre as arvores e casas era orquestral. Dentro da mansão todos corriam para um lado e para o outro agitados, no escritório um homem caminhava de um lado para o outro diante da lareira acesa, impaciente e preocupado. Os gritos de uma mulher vinha dos quartos no andar de cima, eles eram cheios de agonia e dor, servas saiam e entravam no quarto carregando água morna e toalhas o tempo todo. Ela estava deitada na cama com as pernas abertas, uma parteira estava a seus pés esperando que alguém saísse a outra estava ao lado da cama enxugando o suor da mulher e massageando a parte superior do abdômen dela. No escritório, o mordomo tentava apaziguar o espirito de seu senhor. - Não há nada com o que se preocupar, meu senhor. - Falou o Mordomo com um sorriso. - Vai ficar tudo bem. - Nathan, quantas vezes vou te dizer para não falar comigo com tanta formalidade, somos amigos. - Repreendeu o homem. - Somos amigos, mas você é o Duque e deve manter sua dignidade. - Rebateu Nathan. - É por eu ser o duque que ninguém vai se opor ao que eu disser, se eu digo que você pode falar comigo naturalmente então ninguém pode reclamar. - Você continua terrível, não muda nunca. - suspirou o homem. - De todo modo se acalme, Meu sen... Digo, Jhonatan. Ela vai ficar bem, tanto ela quanto o bebê, os deuses não deixariam sua sacerdotisa e última daquele povo, morrer. - Falou cochichando. - Eu não consigo evitar. - Suspirou exasperado. - Minha vontade é invadir aquele quarto, mas sinto que isso vai piorar as coisas. - Vai piorar mesmo, ela já te expulsou do quarto quatro vezes. - Falou rindo. - Sinto que da próxima vez ela levantaria para me agredir. - Riu também. Nathan e Jhonatan crescram juntos e tinham a mesma idade, se casaram quase no mesmo período e a esposa de Nathan também estava grávida. Nathan sempre seguiu o herdeiro do ducado para todos os lado, aprontando e sendo castigado juntos, eles eram como irmãos e não foi surpresa para ninguém quando Nathan foi escolhido para ser o novo mordomo da mansão do duque, ele não sabia, mas Jhonatan planejava indicá-lo à posição de barão uma vez que cumprisse os anos de servisso requeridos e isso, é claro, ocorreria com a ajuda do poder político de um outro amigo que formava o trio. Conversar com seu amigo leal e fiel ajudante o manteve mais calmo naquele momento difícil. - Quero só ver quando for a sua vez. - Disse Jhonatan. - Logo a Isely dará a luz. - Nem me fale, estou apavorado. - Já decidiram o nome? - Perguntou. - Se for menino vai ser Yokanaan e se for menina será Máine. - Respondeu. - Tomara que seja menina. - Debochou do nome masculino e riu. - E que puxe a beleza da mãe. - Olha só quem fala, se acha o homem mais lindo do mundo. - Gargalhou. - Fala de nomes, mas quem escolheu foi a Danara, tenho até medo de saber o que você teria escolhido com essa sua criatividade. - Cala essa boca. - Ele ria. - Mas o nome que ela escolheu é muito melhor do que o que eu queria colocar. - E qual era? - Como se eu fosse louco de te contar, você não ia me deixar em paz nunca mais. Derrepente a porta abriu. - Meu senhor. - Chamou a pateira. - A criança nasceu e é uma menina. Nathan começou a rir. - Já posso até ver você fazendo o melhor para defende-la dos filhos dos nobres. - Ele não conseguia parar de rir. - Tomara que a sua seja menina também, aí veremos quem vai rir. - Ouvindo isso Nathan parou de rir. - Não teve graça. - Falou. - Meu senhor, a minha senhora te chama. - Pode parar com isso Meuer, você fez o parto da minha mãe, nem preciso dizer que te ouvir me chamando assim é ainda mais esquisito que ouvir o Nathan. - Disse passando pela mulher idosa e saindo da sala apressadamente. Ninguém o seguiu aquele era o momento deles, um momento em família. Ao chegar no quarto ele logo correu para junto de sua esposa e a beijou na testa, ela estava visivelmente fraca. A criança repousava serenamente no berço ao lado da cama, apesar de estar quieta ela não estava dormindo, observava tudo com curiosidade. - Ela é linda como você. - Falou Jhonatan. - Mentiroso, ela tem o seu Nariz, a sua boca e até as suas orelhas, tive todo esse trabalho pra ela nascer com a sua cara. - Respondeu Danara e Jhonatan riu. - Os olhos dela não estão com aquela cor, você já fez algo sobre isso? - Perguntou. - Fiz, os cabelos dela naceram negros e isso facilitou as coisas, quando Meuer viu os olhos dela no momento em que ela estava saindo, mandou logo todos deixarem o quarto. Ela foi bem rápida, ninguém viu além dela. - Não se preocupe, Meuer é de confiança, ela nunca contará para ninguém. - Eu sei, confio nela. - Disse Danara. - Estou mais cansada que o normal, essa criança deu muito mais trabalho do que o que consta nos livros de meu povo. - Acha que tem algo errado com ela? - Jhonatan estava ficando preocupado. - Não acho que seja algo errado, apenas algo que normalmente não acontece... - Falava. O duque que estava perto do berço se virou para sua esposa que ainda falava, mas travou no lugar e não tirava o olhar da figura que surgiu do nada perto da janela. Danara percebeu o comportamento de seu marido e olhou para onde ele olhava, ela ficou surpresa, mas não parecia sentir medo, Jhonatan pelo contrário pensava em várias maneiras de proteger seu bebê e sua esposa. Mas a figura feminina não deu a ele muito tempo para pensar, ela lentamente começou a caminhar pelo quarto indo em direção ao berço, quando ela estava a seis passos do seu objetivo em um movimento espontâneo Jhonatan se colocou entre ela e o berço, ele não conseguia falar e estava intimidado, mas faria qualquer coisa para proteger sua filha. A mulher o encarava com curiosidade, parada diante dele. - Deixe-a passar, Jhonatan. - Disse a duquesa com suavidade. O duque não podia acreditar no que ouvia sua esposa dizer. - Não. - Era o máximo que conseguia falar e precisou se esforçar ainda mais para dizer as palavras seguintes. - Não vou deixar essa coisa perigosa chegar perto do nosso bebê. - Hoje é um dia feliz então vou ignorar a parte do "essa coisa". - Respondeu a Mulher. - Tá tudo bem, ela não vai fazer m*l algum. - Você a conhece? - Ele perguntou. - Já a vi em meus sonhos. - Sonhos? - Ele não entendia. Não desviava o olhar da Criatura. - Meu amor, você tem certeza? - Tenho, venha para junto de mim. Relutantemente o homem caminhou para perto de sua esposa, sem dar as costas para a mulher, sem tirar os olhos dela. A mulher seguiu para junto do berço e analisou a criança. - Ela nasceu bem forte. - Comentou. - Já estavamos pensando que o povo Neankanaua teria seu fim. - "Estavamos"? - Perguntou Jhonatan. - Mil perdões, meu marido não foi capaz de reconhece-la, não contei a ele como vocês são e ele não é muito religioso. - Explicou Danara. - Jhonatan, essa é Iréia. - Iréia? A deusa Iréia? Rainha dos deuses? - Perguntava atônito. - O que a Rainha dos deuses iria querer com a gente? - Pensava Alto. - Com você eu não quero nada, mas com essa criança... - Ela fez uma pausa. - Nada nos fez mais triste do que o que aconteceu com o nosso amado povo Neankanaua, se soubéssemos que isso iria acontecer jamais teriamos jurado nos manter afastados, subestimamos a natureza humana e o nosso amado povo quase viu o seu fim. Essa criança é esperança. - O que você está dizendo? - o medo de Jhonatan foi embora. - Os deuses decidiram abençoar essa criança, vamos apadrinha-la, ainda teremos limitações, mas fazer isso nos permitirá intervir de forma mais ativa para evitar que ela morra e que a linhagem Neankanaua morra com ela. - Disse a deusa. A deusa estendeu a mão direita e ao agita-la um pouco surgiu um pequeno cantil em sua mão, ela o abriu e mordeu seu polegar esquerdo até que sangrasse, depois deixou cair apenas uma gota no recipiente. - Uma gota basta. - Falou por fim. - O que é isso? - O duque apontava para o cantil. - O sangue de todos os deuses maiores, com isso cada um irá adota-la e abençoa-la. - A mulher fez menção de levar o cantil aos lábios da criança. - O que está fazendo? Não vou te deixar dar uma bebida estranha para nossa filha assim sem mais nem menos. - Falou se movendo para ir deter a deusa, mas teve a manga da camisa segurada pelos delicados dedos de sua esposa. Ele olhou para ela e ela negou com a cabeça. - Nenhum mortal pode consumir sangue divino. - Falou Danara. - Mesmo uma gota pode nos m***r, mas você quer dar a um bebê recém nascido? Ela vai morrer. - Não vai. Estamos dando a ela por livre e espontânea vontade, ela morreria se tivesse roubado. - Falou. - Os humanos foram longe demais e estávamos dispostos a extermina-los, mas os mais prejudicados nos imploraram para que não o fizessemos. Não compreendemos como um povo que é só amor pode ser tão odiado. Iréia ergue delicadamente a cabeça da criança e levou o cantil até os lábios dela. A criança prontamente começou a souver o liquido. - Não suportariamos vê-los simplesmente desaparecer diante de nossos olhos, somos egoístas por natureza e usamos nosso poder para satisfazer nossos próprios desejos e vontade, seja isso certo ou errado, e usando desde egoísmo faremos o máximo que as nossas leis nos permitirem, faremos o máximo para manter o povo que escolhemos a salvo da extinção. Eu juro pelo meu nome. - Falou a deusa. - Os céus a abençoam, pequena Avelyn. Após a deusa proferir essas palavras ouviu-se um estrondo vindo dos céus, a tempestade se tornou mais forte e ruidosa, o vento abriu a janela com violência e ventania invadiu o quarto, as cobertas que mantinham a criança aquecida voaram para longe, e o pequeno corpo começou a levitar, o tecido de suas roupas começaram a queimar e logo já não sobrava nada além do t**a s**o. Na pele da criança se acendeu marcas quase tribais que a princípio pareciam feitas com fogo, brilhavam como o fogo, mas logo deu lugar ao preto, as marcas pretas serpenteavam pelo seu corpo e contrastavam com sua pele branca. Seu cabelo se tornou prateado como a lua e emanava uma luz etérea, seus olhos violeta vibrante reapareceram desfazendo o encanamento que Danara tinha colocado. Derrepente, a ventania cessou e a criança que levitava foi sendo baixada até tocar suavemente o fundo do berço, prontamente voltou a dormir. - Está consumado. - Falou a deusa. - Sabia até o nome dela. - Murmurou Jhonatan. - Você viu tudo isso e só ficou pensando nisso? - Perguntou Danara. - Eu meio que desisti de tentar entender. - Fez beicinho. - Sinto que morreria se tentasse pensar em uma maneira de fazer as coisas fazerem sentido. Eu já imaginava que minha vida estaria longe de ser normal se eu me casasse com você. O jeito é aceitaro que vier. Danara riu. - Talvez humanos como você tenham feito o coração dos Neankanaua permanecerem no caminho do amor em vez de seguir o caminho da vingança. Eles pareciam acreditar que os humanos poderiam mudar e queriam que acreditassemos nisso. - Disse a deusa. - Não compreendo. Enfim, hora de ir. A deusa caminhou rumo a janela, mas antes que pudesse passar por ela, desapareceu no ar. No instante em que ela se foi, batidas frenéticas atingiram a porta. -Vai fazer um buraco se continuar batendo, entre. - Autorizou o duque. Uma serva entrou no cômodo e fez uma mensura. - O que houve? - Perguntou a duquesa. - Sr. Nathan mandou avisar que o rei está aqui para ver o duque. Jhonatan prontamente deixou o quarto e caminhou rapidamente para a sala de espera.

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