Capítulo Um
Alan entrou no seminário aos 17 anos, nunca foi sua escolha se tornar Padre, mas devido ao parto difícil que foi seu, sua mãe fez uma promessa que seu filho se tornaria Padre, ele para não contrariar a mãe, seguiu o desejo da mesma, tendo em oposição suas irmãs e seu pai.
Seu desejo mesmo era ser advogado, quando terminou o ensino médio desejou fazer Faculdade, mas foi aceito no seminário e teve que decidir e ao invés de seguir seu desejo seguiu o de sua mãe, por diversas vezes pensou em desistir, mas sempre sua mãe tirava isso de sua cabeça.
Suas irmãs já namoravam, Linda namorava Ulisses há um ano, se conheceram na faculdade. Ela é a mais nova com 22 anos, já que Mayra tem seus 23. Ele o mais velho. Os amigos nunca entenderam a escolha dele é na época que foi aceito no seminário teve que terminar seu namoro com a Cláudia cujo pensou até mesmo se casar com ela. Mas com tempo percebeu que nunca a amou e na verdade nunca amou mulher nenhuma e isso o fez acreditar que sua vocação era batina.
Hoje ele iria presidir uma missa fora da cidade, já que uns dos padres estava enfermo, depois disso poderia ir passar o domingo com sua família.
No horário marcado ele já estava lá, celebrando a missa dominical, claro que por ser novo, despertara o interesse de algumas jovens, coisa que já estava se acostumando.
Mais tarde ele estava na casa de sua família.
Alan: Bom dia, família.
Rita: Filho, que bom que já chegou.
Linda: Maninho! Disse e abraçou o irmão.
Alan: Lin! A apertou.
Mayra: Só a Linda ganha abraço é?
Alan: Claro que não, venha cá, Martha. Disse e deu um abraço apertado na irmã.
Ulisses: Você nem parece um padre quando está com roupa normal.
Rita: Claro que parece! É cada uma.
Alan: Mãe, chega né. Não vim aqui para que vocês briguem.
Linda: Veio para ficar só o domingo?
Alan: Sim, mais tarde eu voltou para a igreja.
Mayra: Quando vai poder passar um tempo com a gente?
Alan: Eu não sei, minha irmã. Isso depende do Bispo.
Mayra: Queria passar mais tempo com você.
Alan: É minha missão , Mah.
Linda Não é sua missão, é a missão que a mamãe escolheu para você.
Alonso: Filha !
Linda: É verdade, papai.
Rita: E você deveria se tornar freira e parar de viver Nessa vida de fornicação.
Ulisses: Opa! Não fazemos nada de errado.
Alan: Eu vim até aqui para ouvir vocês brigando?
Alonso: Claro que não, filho. Vamos almoçar.
Já na casa de Ana o clima era de discussão também, mas não como na casa de Alan, bem pior. Isso porque Henrico havia levado Rodrigo para almoçar a fim de fazer com que Ana, sua filha caçula, se interessadas por ele. Coisa que irritava Ana, o pai querer decidir o que era bom o não para ela. Ela sabia muito bem o que queria para sua vida.
Desde de nova fora decida sabia o que queria e batalhava por isso, se formou no que quis e dava orgulho aos pais por isso. Mas a coisa que não aceitava era que seu país a manipulasse ou escolhessem as coisas para ele. Na verdade, detestava pessoas que se metiam na vida dos outros dizendo o que era melhor ou não para as outras e querendo decidir pelos outros. E lá estava seu pai mais uma vez achando que poderia interferir na sua vida amorosa, ela já havia dito que não queria relacionamentos sérios agora. E seu fracasso na vida amorosa desestimulava a conhecer outras pessoas, isso devido as decepções que teve. Seu primeiro namorado foi Kaio, que a enganava com todas as meninas da escola. Durante a faculdade conheceu Maycon que foi o relacionamento mais sério que já tivera e pensou que com ele podeira realmente ter algo que a fizesse pensar em futuro com ele, mas ele optou por seguir a vida em Londres quando conseguiu a bolsa na Universidade de lá. Depois veio o Manuel, um namoro rápido e que terminou após descobrir que ele era gay. Então ela se trancou para o amor, cresceu a vida inteira sonhando em viver uma grande história de amor, mas depois de tantas desilusões acreditava que o amor não era para ela.
Sua vida s****l, era nula já que devido a todas as crenças de sua família, acreditava que deveria se casar virgem e também nunca encontrou um homem que despertasse seu desejo de ir além. Em seu pensamento acreditava que nunca encontraria já que pensava que o amor não era o seu caminho. E agora seu pai queria empurrar um dos seus funcionários para cima dela. Então se questionava porque não dá uma chance ao pobre coitado? Seu pai a deixaria em paz, depois ela terminaria e pronto, tudo resolvido. Seria uma tortura aguentar aquele cara, afinal não existia nada nele que a agradasse. E assim que o almoço terminou e Rodrigo foi embora, ela enfrentou o pai.
Ana: Eu não acredito que fez isso, papai.
Enrico: Você precisa se dar uma chance conhecer outras pessoas.
Ana: Mas não me empurrando pra cima dos homens.
Enrico: Não estou te empurrando. Só quero que você o conheça melhor.
Ana: Se eu fizer isso, vai me deixar em paz?
Maria: Filha, isso é jeito de falar com seu pai?
Ana: É o que ele merece por querer dar um de casamenteiro.
Enrico: Não estou pedindo para casar com ele, só para que o conheça melhor.
Ana: Tudo bem. Eu vou sair com ele e o conhecer melhor como o senhor quer, mas sugiro que se quer dar um de Santo Antônio, é melhor começar a rezar, pois o amor não é para mim e não pretendo me casar.
Maria: Não diga isso filha. O amor aparece quando menos esperamos.
Enrico: Se acha que o amor não é para você, porque não vira noviça?
Ana: Quer que eu vire freira?
Enrico: É um dom, minha querida.
Ana: Prefiro ser amasiada de um padre do que virar freira.
Enrico: Não diga uma blasfêmia dessas! OUVIU? É PECADO!
Ana: Pecado é matar, roubar, eu escolho a quem entrego meu corpo e meu coração. Disse e saiu de casa pegou seu carro e foi dirigindo sem rumo pela cidade, precisava esfriar a cabeça.