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Meu Odiado Destino

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Blurb

Este livro é uma antológico, ou seja, têm mais de uma história.

(><)

O que acontece quando você acorda, casado?

Kay Olsson sempre sonhou em alcançar a felicidade, uma família que lhe amasse e lhe aceitasse, anos dezesseis anos teve o pior dia da sua vida, e der repente acordou em uma casa estranha, com um loiro ao seu lado que afirmava ser seu marido. Kay estava assustado e precisava descobrir o que tinha acontecido.

(><)

Magnus e Liam são o casal perfeito, essa é a descrição ideal para eles. Se tornaram melhores amigos, e aos poucos descobriram que se amavam e desde que completaram seus 15 anos, se declararam e nunca mais se separaram.

Aos 22 anos, ambos queriam aumentar a grande família, e tudo isso estaria perfeito, se não fosse um trágico acidente que levou o jovem alfa loiro ao coma.

"Hoje me falaram, que você não vai acordar. Mais eu continuo acreditando, que um dia eu vou ver seus olhos de novo.

(><)

Obsessão: significa um comportamento de importunar ou perseguir alguém de forma insistente. Também pode indicar um estado de preocupação permanente em relação a alguma coisa.

A força tarefa Konoha estava frustrada! Eles eram os melhores de todo o país, mas tinham um caso que só crescia e nunca se resolvia. Noah era o líder e já não sabia para qual caminho seguro, afinal ele tinha os melhores dos melhores, e ainda sim eles apenas assistiam a quantidade de corpos subir e subir.

Pietro e Adrien faziam parte da força tarefa, Konoha! Eles estavam prontos para qualquer coisa, sempre em alerta e tendo a certeza de que estavam cumprindo seus papéis! Mas, Adrien percebe coisas que mais ninguém percebeu, e assim ele está cada vez mais próximo de solucionar o maior crime que há no país.

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Capítulo 1
Minhas pernas se moviam bem rápido, eu corria em direção a saída daquela casa e rezava para que chegasse antes dele me alcançar. Mas, um garoto de dezesseis anos não consegue correr mais que um adulto de trinta e seis, suas mãos me alcançaram e logo meu corpo foi jogado no chão frio e duro, machucando de primeira minha testa e meu nariz. Ele começou a me dar socos no rosto e em minhas costelas, e me causando grande dor, me fazendo gritar e chorar. Pietro tirou meu pai de cima de mim, e o segurou para que não me espancasse ainda mais. — Você está fora dessa casa! Eu não quero olhar para você! — Ele gritou me olhando e me fazendo chorar. — Mas pai...— Pietro tentou, mas minha mãe chegou até mim, e me deu um t**a no rosto. — Você vai sair dessa casa! Eu não tive um filho v***o, e nem vou ter! — Ela gritou contra meu rosto. — Não me importa para onde você vai, só suma daqui! —Mãe, você não pode fazer isso! —Pietro interveio. — Ele é seu filho! —Não! Não é! Meu filho não é uma aberração, por mim que ele morra, mas nessa casa ele não fica, se quer tanto ser v***o, vai dormir com um dos seus machos e não apareça na minha frente nunca mais! Pietro tentou segurar meu pai mais uma vez, mas Enrico se soltou e me alcançou facilmente e me pegou pelo cabelo me arrastando para fora de casa, quando chegou na porta eu fui jogado na varanda e sentindo o gélido contato com a rua úmida pela recente chuva, eu estava com uma calça de moletom e uma regata, descalço e sem p******o contra o frio. —Pai...— Chamei fazendo ele me olhar com raiva e nojo. — Não me chame de pai! — Disse com escárnio. — Meu filho morreu quando abriu a boca para dizer que é gay! Eu não tenho um filho gay! ⚜ Caminhei muito, sentindo meu corpo querer ceder a cada brisa gélida que tocava meu corpo, meus pés descalços tocando a rua fria e que já causava feridas em meu pé. Me sentei no banco que tinha na praça da cidade, olhei para a lua e o brilho dela sempre me encantou. O frio fazia meus ossos doerem e minhas lágrimas eram geladas e sem sentindo, eu estava jogado na rua, sem família, sem casa e sem qualquer p******o. Eu estava abandonado! — Por favor, se tiver qualquer um que possa me ajudar, me ajuda! Me ajuda! — Olhava a lua e ali via o pequeno fio de esperança. — Por favor... por favor... Eu só quero ser feliz! Me ajeitei no banco, e mesmo com o frio, a dor da humilhação, a fome e tudo o que eu estava sentindo, meu corpo se desligou e assim eu dormi sem ao menos sentir meu corpo se desligar. ⚜️ Estava quentinho e confortável, a cama macia confortava meu corpo, e o edredom macio fazia meu corpo querer ficar ali pelo dia inteiro. Mas as duras memórias da noite passada invadiu minha mente, me lembrei de cada palavra e logo estranhei o fato de não estar no banco de uma praça, não ouvir pessoas e carros, ou qualquer coisa da rua. Abri meus olhos e constatei o que já sabia, eu estava em um quarto, mas não era o meu ou um conhecido. Mas minha cintura foi abraçada e o desespero correu por todo o meu corpo, olhei para baixo e tirei o edredom de cima de mim, olhei o braço bronzeado e tatuado. O que aconteceu? — Anjo...— A voz grossa dele me fez travar. — O que foi tomatinho? Não consegue dormir? Arregalei ainda mais meus olhos e de primeira pulei da cama, olhando o homem loiro deitado na cama e com cara de assustado, olhei para minhas pernas e notei que eu trajava apenas uma regata que não era minha, e uma cueca. Eu estava em um quarto grande, que com certeza não era meu! E ainda estava deitado com um homem que eu não conhecia, e por algum motivo meu quadril doía. — Kay? Está tudo bem? — Ele perguntou se sentando, e mostrando que estava apenas de cueca e que seu corpo tinha muitas tatuagens. Ele tinha olhos azuis, marcas nas bochechas, um corpo bem trabalhado e parecia que me conhecia de algum lugar. Será que eu sofri um acidente e perdi a memória? — Kay?— Me chamou de novo, olhei em seus olhos e acabei deixando as lágrimas rolarem, eu estava desesperado. Ele se levantou rápido e logo estava perto de mim e me olhava tocando meu rosto com carinho. — Meu amor? Está tudo bem? — ele pegou meu rosto com cuidado e me olhava nos olhos. — Q-quem é v-você? — ele pareceu confuso, depois soltou meu rosto e pareceu até mesmo com medo. — Como assim, quem sou eu? — Perguntou. — Isso é algum tipo de brincadeira? Porque se for, é melhor parar agora, sabe que não gosto disso! — E-eu não sei, quem é você! —Disse limpando as lágrimas e olhando o estranho, quando toquei meu rosto com minha mão esquerda senti algo gelado, e ao olhar para meu dedo anelar vi uma aliança que parecia ser bem cara, já que tinha diamantes nela, e ao olhar para a mão do loiro, vi um aliança que lembrava a minha só que com apenas um diamante. Nós éramos casados? E eu tenho uma tatuagem na mão! Uma lua. Quando que eu fiz essa m***a? — Kay...— O estranho me chamou. — Você está com alguma dor? — Meu quadril! Ele dói muito. — Reclamei vendo ele revirar os olhos. — A gente transou ontem! — ele falou deixando uma mão em seu quadril e a outra passou em seus fios dourados, e andava pelo quarto. Eu estava assustado, eu tinha transado com ele! Eu era virgem até onde eu me lembrava. — Você sabe seu nome? Sabe quem é você? — Kay Olsson ! Me chamo Kay Olsson! — Ele me olhou e pude jurar que o azul estava sendo consumido pelas lágrimas. — Qual sua última lembrança? — Me perguntou. Mordi o lábio inferior, e encarei ele. — Eu fui expulso de casa... meus pais descobriram que eu sou gay! — Ele arregalou os olhos e se aproximou de mim, mesmo relutante eu deixei ele pegar minha mão. — Kay... — Ele pareceu de perder em pensamentos,mas quando voltou a falar sua voz estava embargada pelo choro. — Eu vou ligar para o Pietro! Ele deve saber o que fazer. Pietro? Ele conhece meu irmão? — Só fica aqui, e não faz nada. Se quiser vista uma roupa mas não saía daqui, por favor! — Concordei com ele e me sentei na cama, ele foi até uma porta do quarto que era o closet, colocou uma calça de moletom. E saiu do quarto. Quando ele saiu eu olhei ao redor, era um quarto grande com três paredes cinzas e uma laranja. — Quem pinta uma parede de laranja? — perguntei a mim mesmo. Tinha uma televisão grande, a cama ficava de frente para uma porta de vidro que deveria ser a varanda, em cada lado da cama tinha uma mesinha de cabeceira e em cima delas tinha porta retratos, e quando peguei um deles, era uma foto minha e dele. Estávamos em uma mesa e a gente sorria, eu tinha um sorriso mais contido já ele um sorriso grande e bonito. Se aquela foto estava ali, atrás dela tinha alguma coisa, eu sempre escrevia nas fotos. Tirei a foto do objeto e a virei e reconheci minha letra. " O melhor aniversário, ao seu lado... Que Verona guarde nossos momentos, e nossos corações guardem nosso amor para sempre! Te amo, Miguel! " Verona? Eu fui pra Itália? Miguel? Ele se chama Miguel? E eu passei meu aniversário com ele... quantos anos eu tenho? Me levantei e fui até o closet e procurei um espelho, assim que encontrei um grande me olhei e vi meu reflexo por completo. Eu não tinha mudado muito, minhas pernas estavam definidas, me virei um pouco de lado e vi que minha b***a estava maior, meu rosto parecia mais hidratado e meu cabelo com certeza, estava muito bem cuidado. Procurei uma calça que eu julguei ser minha, a vesti e voltei a me sentar na cama. Quando a porta voltou a se abrir, meu irmão apareceu e me olhou preocupado. Ele estava diferente, o cabelo estava maior e seu corpo também estava diferente mas eu ainda via meu irmão mais velho. — Pietro...— Chamei me levantando e indo até ele que também andava até mim, ele me abraçou forte e assim eu voltei a chorar, estava com muito medo. — Oi irmãozinho...— falou me fazendo um carinho. — Miguel me contou que você está confuso... — encarei meu irmão e apenas balancei a cabeça confirmando. — Eu não sei quem é ele... Eu não sei aonde eu estou ou como vim parar aqui! —Ele ouviu tudo, nos sentamos na cama. — Qual é sua última lembrança? — Perguntou. — Nossos pais descobriram que eu sou gay! Me colocaram para fora... Eu andei até a praça e dormi no banco. — Pietro arregalou os olhos. — Kay... isso já faz cinco anos! — Aquilo com certeza me fez entrar em desespero. Encarei meu irmão na esperança dele dizer que aquilo era uma brincadeira. Tinha que ser! — C-cinco? Cinco anos? — Pietro apenas me confortou em seus braços. ⚜ Pietro me explicou que basicamente eu vim morar com um estranho no dia que fui expulso, ele me achou no banco da praça e me convenceu a vir para a casa dele, já que estava muito frio e eu não estava protegido. Desde então vivemos juntos, e com quatro meses começamos a nos relacionar e a um ano nos casamos. Isso me fez pensar o quão irresponsável eu sou, de vir para a casa de um estranho. Miguel até agora não tinha se aproximado de mim, Pietro me explicou que ele trabalhava em um hospital e que amanhã era para mim ir lá, e também me explicou que eu não deveria ficar sozinho e como eu não tinha pra onde ir... tive que ficar com Miguel. Meu estômago já reclamava de fome, finalmente sai do quarto e notei o quão grande aquele lugar era. O corredor tinha várias portas, mas eu me foquei na escada, desci cada degrau olhando as paredes decoradas com porta retratos que mostrava um casal feliz, que eu não conhecia. Era eu nas fotos, mas eu não me reconhecia. Desci cada degrau e quando cheguei no último consegui ver a sala grande, as paredes todas eram tons de cinzas, móveis mais escuros e muitas fotos espalhadas, ouvi passos e logo Miguel apareceu. — Está com fome? — Perguntou sem emoção em sua voz. — Estou sim... — Respondi vendo ele me chamar para a cozinha, quando cheguei vi que era grande, como toda a casa os tons eram pretos e cinzas. — A casa é bonita! — Falei enquanto via Miguel preparar sanduíches. — Foi você quem escolheu e decorou! — Ele me informou, sua voz parecia carregada por amargura. — Pode me dizer, como a gente é?— perguntei. — Te encontrei no dia que você foi expulso, você estava em um banco e estava chovendo muito, eu achei que você estava machucado mas quando eu cheguei você estava tremendo de frio. Eu convenci você vir comigo... Você foi até o meu antigo apartamento, seus pés estavam muito machucados, eu te ajudei a tomar banho porque você não conseguia ficar em pé, estava faminto e com início de hipotermia. — Ele colocou um o prato com cinco sanduíches naturais na minha frente. — Te dei um banho quente, te agasalhei, fiz cinco sanduíches para você — Ele colocou um copo de suco que parecia ser de laranja. — Te dei suco, e você comeu... me contou o que tinha acontecido e começou a dizer que era louco porque eu poderia te m***r e ninguém iria saber. —Ele sorriu com as lembranças. — Quatro meses depois eu te beijei... E desde então a gente tá junto! — E você é o que? —perguntei. — Melhor não falarmos disso agora! Vamos esperar sua mente estar em ordem! — Falou dando aquele assunto por encerrado. Comi os sanduíches e olhei para o loiro ali, e vi que ele era realmente grande. E parecia ser mais estressado já que seu rosto estava constantemente fechado. —A gente era feliz?— Perguntei fazendo ele me olhar e sorrir pequeno. — Era! Era sim... A gente viajava sempre, jantavamos juntos todo dia, você me buscava no trabalho, você sempre me arrastava para alguma peça de teatro ou alguma exposição de arte...— Ele parecia se parecia se perder em meio às memórias. — A gente estava feliz... muito feliz! Disse olhando sua mão que estava apoiada no balcão, olhou a aliança e depois para mim. — Você era meu tomatinho... Você me chamava de raposinha e vivíamos nisso, e eu sempre trago alguma coisa para você da rua, uma flor, bombom ou alguma torta. — Ele parecia falar e sofrer por eu não me lembrar. — Eu sinto muito, Miguel... Mas eu realmente não me lembro! — Ele abaixou o olhar e quando ergueu novamente se aproximou de mim, me virei para ele e parece que por costume ele se aconchegou em meio as minhas pernas. — E se eu te beijar... Talvez isso ajude! — Disse me olhando, e eu acabei concordando afinal, ninguém rejeita um beijo de um deus grego desse. — Pode ser... —Ele segurou meu rosto e se aproximou. Nossos lábios se encostaram e logo meu corpo pareceu reconhecer o seu, nosso beijo não era algo s****l parecia mais sentimental, nos beijávamos de um jeito gostoso e em um ritmo lento. Quando o beijo parou ele me olhava com brilho nos olhos, mas eu não sentia nada. Eu sentia que ele era especial mas não sentia nenhum sentimento. Neguei com a cabeça e o vi abaixar a dele e apenas concordar. — Desculpa... Eu queria te beijar e pensei que talvez... só me desculpa! — Disse se afastando e me deixando ali. Meu peito se apertou quando ele se foi. Mas o que eu poderia fazer? Eu não me lembro, e infelizmente não sei o que fazer. Eu andei pela casa e vi fotos nossas, fotos que estávamos sorridentes e felizes, e em todas elas eu parecia estar realmente feliz ao lado de Miguel. Decidi finalmente pegar meu celular, ele era mais avançado do que eu estava acostumado mas não mudava muita coisa no jeito de mexer nele, desbloqueei com minha digital e de primeira fui no aplicativo de mensagens e Miguel, Pietro e Alex estavam fixados, abri a conversa com Miguel para ver se me lembrava de algo. Raposinha Pietro e Sarah querem jantar com a gente essa semana, falei que tudo bem, já que tem tempo que a gente não janta junto. Eu Pode ser amor, mas vai ser lá em casa ou na casa deles? Raposinha Aí eu já não sei... Quer fazer lá em casa? Eu Prefiro! Raposinha Aonde você está? Vou te buscar! Eu Estou na casa do Alex... Fingindo que faço alguma coisa, Além de ser Marido do Miguel Santino! Raposinha Eiii, Você faz um trabalho muito bom, como meu marido! O melhor entre todos! Eu Um marido troféu! Raposinha Todos te querem... Mas só eu te tenho! Eu Você é possessivo amor... Raposinha Com você sempre! Estou louco para te foder... Estou tão e******o! Eu Me busca logo... Te faço gozar no caminho Pra casa! Raposinha Estou chegando! Te amo❤ Eu Te amo❤ Então eu era uma espécie de v***a romântica? Miguel parecia que era bem cuidadoso, já que a noite foi chegando e ele foi me explicando onde ficava cada coisa da casa e deixou claro que ele dormiria no quarto de hóspede. Quando eu estava no quarto, entrei na galeria do celular, a cada foto que eu via eu me sentia m*l por não lembrar dele, não lembrar de nós. Tinha fotos minhas com Alex, uma garota de cabelos rosas e um cara que se parecia comigo. Também tinha fotos minhas com Pietro, e entre todas elas duas fotos que me deixaram assustado. Duas fotos com meus pais, Pietro, a menina de cabelo rosa, Miguel e eu! Parecia ser natal e a gente sorria. Meus pais! Aquilo realmente foi uma confusão de sentimentos, eu olhava a foto e queria chorar com tudo aquilo, mas também queria entender. Fui até o aplicativo de mensagem e procurei por mãe e assim achei a conversa com ela. Mãe Oi filho, não esquece de lembrar seu irmão que o jantar do seu aniversário vai ser na casa dele, se não ele nem vai estar lá... Eu Vou lembrar ele sim! Pode deixar mãe. Mãe Seu pai mandou um beijo pra você E um abraço pro Miguel. Amo vocês❤ Eu Também te amo, fala pro papai que Miguel mandou outro❤ Como isso aconteceu? E como eu aceitei isso? Agora ela diz que me ama? Ela é próxima do Miguel? E por que ninguém me contou? Acabei deixando de lado já que isso fazia minha cabeça doer e eu não precisava disso agora. Me sentei na grande e confortável cama e fui abrir minhas redes sociais, estavam repletas de fotos minhas com Miguel e alguns amigos que eu não conhecia, quando abri uma rede social de Miguel tinha várias fotos nossas, e em todas elas ele parecia me amar muito. Em uma das postagens tinha uma foto dele ajoelhado segurando minha mão enquanto eu estava de pé, estávamos em frente ao mar, tinha uma armação de madeira com um colchão, várias lanternas de papel penduradas na estrutura. Na legenda a declaração me fez chorar por não lembrar de um amor tão bonito. " 25 de Julho, o dia que pedi ao amor da minha vida para carregar meu nome, para me aceitar como seu marido e transformar o resto da minha vida em um perfeito arco-íris. Nosso amor é tão belo quanto às estrelas, e a lua nos abençoa. Eu te amo, meu tomatinho! Te amo enquanto eu respirar, seja nessa vida ou na próxima! " Aquilo era o que eu sempre quis, sempre quis um amor assim e parecia que eu tinha esse amor, só não me lembrava dele. Quando deixei o telefone de lado, senti falta de algo ou alguém na cama. Parecia que meu corpo sentia falta de ser abraçado por Miguel. Eu sabia disso já que eu costumava dormir com Pietro, eu não conseguia dormir sozinho e provavelmente eu me aconchegava a Miguel e me confortava em seus braços. A noite seria uma m***a! ⚜️ Quando eu acordei, Miguel já não estava ali, tinha me mandado mensagem avisando que teve que ir trabalhar. Por isso levantei da cama bem mais tarde do que deveria, fui até a cozinha e preparei um café para mim, sempre notando o quanto aquela casa tinha meu toque. Pietro chegaria em uma hora, e eu rezava para que minha mente voltasse ao normal e eu finalmente lembrasse de quem sou e da minha vida. Andava pela casa e sempre ficava olhando cada foto espalhada pela casa, com sorrisos e olhares apaixonados. Eu parecia ser feliz ao lado dele e queria viver aquilo denovo, deveria ser interessante e ser amado daquele jeito. Mexendo no closet acabei por achar um álbum de fotos, que tinha meu nome feito na cor dourada. Kay Olsson Sanchez Sanchez... O nome do Miguel. Eu tinha o nome do meu marido, como eu quis por tanto tempo e agora eu não reconhecia nem ao menos seu rosto e nem mesmo seus toques, eu via nossos sorrisos em cada foto mas não sentia nada ao olhar cada fotografia. Meus pensamentos foram cortados pelo toque do meu celular, era Pietro que ligava, limpei as lágrimas que nem notei ter caído e atendi a ligação. — Oi, irmãozinho... desce pra mim te levar! — Já estou indo! Desliguei o celular e me olhei no espelho, eu usava uma calça preta com listras brancas que formavam grandes quadrados, uma blusa branca e um blazer que fazia conjunto com a calça, um sapato preto e um cinto com as letras LV que indicava ser da Louis Vuitton. Passei um perfume que exalava cereja e menta, quando entrei dentro do carro Pietro me olhou e riu negando com a cabeça. — Você pode não se lembrar, mas ainda sim age igualzinho! — Disse rindo. — Eu não me lembro, mas ainda tenho senso de roupa! — Falei rindo junto a ele. Seguimos o caminho com Pietro me contando que estava noivo, a garota se chamava Sarah e que planejavam se casar no final do ano, e que por acaso estamos no início do mês de Abril, e que Miguel estava animado com a Páscoa, e que meu marido adora esse tipo de festa. Quando chegamos ao grande hospital, eu respirei fundo. Com toda a minha coragem caminhei até Pietro que vestia uma roupa completamente preta, mas assim que entramos no hospital ele me guiou até uma sala separada e de lá pegou seu jaleco que estava bordado com uma linha vermelha no bolso direito, o nome: Pietro Olsson. — Vamos até Derick, ele é o melhor psiquiatra que temos! — Disse sorrindo, e assim andamos por todos aqueles corredores até a ala psiquiatra, quando chegamos na sala um homem ruivo estava sentado atrás de sua mesa e ao seu lado tinha uma mulher com cabelos azulados. — Oi Derick, oi Kayte! — Oi Pietro... esse é seu irmão? —Perguntou se levantando e sorrindo. — É sim... Ele está precisando de ajuda! — Meu irmão falou e Derick sorriu para mim, se apresentou como psiquiatra e Kayte como neurologista. Pietro saiu e eu me sentei no sofá de frente para o ruivo que sorria para mim, Kayte estava ali também mas não ficava muito próxima. — Me diga, o que está acontecendo Kay...— pediu. — Bom... Eu me lembro de ter brigado com meus pais, eles descobriram que eu sou gay! Me expulsaram de casa...— abaixei o olhar e respirei fundo, eu não tinha problemas para falar sobre o que eu vivia ou vivi em casa, só não era bom de lembrar. Então deixei toda a frieza Olsson tomar conta de mim. — Eu lembro de ter ido até uma praça e dormido ali... Então eu acordei no quarto do Miguel, casado com ele e cinco anos mais velho! Derick me olhou preocupado, ele parecia querer falar algo mas não sabia quais palavras usar. — Vamos fazer alguns exames, e vamos descobrir o que acontece nessa sua cabeça. — Disse sorrindo. Alguns pontos metálicos foram colocados na minha cabeça, eles estavam ligados à uma máquina que lia minha atividade cerebral. Derick fazia uma série de perguntas e Kayte olhava a tela do computador para ver minhas ondas cerebrais. Todo o procedimento durou cinco horas. E quando finalmente acabou, Derick me explicou que eu estava com uma provável amnésia temporária, mas que precisava de mais alguns dias para resultados exatos. E assim eu saí daquela sala e caminhei por todos aqueles corredores, até avistar Pietro sorrindo para uma mulher de cabelos rosas, que me lembrei ser sua noiva. — Oi...— Disse me aproximando, a rosada me olhou sorrindo, e logo me abraçou coisa que foi retribuída por mim. — Sarah, não é? — Sim! Sou sua cunhada e sua melhor amiga! — Fala eufórica. — Não despeje tudo em cima dele. — Pietro alertou. — Não seja chato! Como foi lá com Derick e a coisa azul?— Disse sorrindo para mim. — Foi de boa... Mas por que coisa azul? — perguntei vendo Pietro revirar os olhos. — A gente não gosta dela! — contou, e eu duvidei, afinal ela parecia bem legal. — Ela gosta muito de homem... ainda mais os comprometidos, não é Pietro?— Meu irmão apenas voltou a revirar os olhos. — Miguel que o diga! — Miguel?— Questionei. — Sim... ela sempre da em cima dele, você a odeia! —Sarah! Isso poderia ser um recomeço, não fica trazendo suas picuinhas antigas! —Pietro falou se colocando ao lado da noiva. — Ele não lembra, mas não vou deixar meu amigo ficar próximo de uma pessoa que ele odeia! Recomeço pra ele e não pra smurfet do cabaré! Aquilo me fez rir, o que foi acompanhado por Sarah e meu irmão bufou de raiva. Me pegou pela mão e saiu me puxando por toda a extensão daquele prédio branco. — Não ligue para a Sarah... — Finalmente falou, me levando até sua sala e tirando o jaleco. — O que ela falou, é verdade? — Não! Vocês dois cismaram com a Kayte e Alex fez o favor de reforçar essa ideia! Quando junta o quinteto então... — Disse rindo. — Quinteto? —Acabei me sentando e por costume cruzei as pernas. — Sarah, Alex, Adrien, Alana e você! — Falou como se fosse algo r**m. — Vocês juntos são sinais claros de problemas grandes! Eu precisava falar com o Alex! — Vai me levar para casa? — Perguntei não querendo ficar ali. — Na verdade vou pegar plantão em meia hora... Pedi para que Miguel viesse até aqui... — Entendi... — Falei olhando meu irmão pegar papéis, carimbos e mais algumas coisas que eu não sabia para que servia. Eu me sentia nervoso na presença de Miguel, eu não o conhecia e nem sabia como ele era, mas consegui obter informações sobre ele, Sarah me contou que ele era muito hiperativo, muito sorridente e animado, muito disposto a exercícios físicos e muito apaixonado por mim. E novamente isso me deixava triste, já que ela disse de um amor tão incrível e especial, e novamente aquilo só conseguia me fazer querer lembrar e sentir aquele sentimento avassalador e tão bom e acolhedor. Meu celular vibrou e era Miguel me avisando já ter chegado. Me despedi da minha cunhada que realmente era fácil de conversar e era muito animada. Fui direto para o estacionamento e indo até onde Miguel estava, eu arfei com a visão. Miguel estava encostado no Audi r8 preto, vestido com um terno cinza que ficava muito bem em seu corpo. — Oi tomatinho... como foi o dia?— Perguntou sorrindo, e me abraçando assim que cheguei perto do seu corpo, seu perfume era gostoso de sentir. — Eles não sabem o que eu tenho! Acham que é uma amnésia temporária! — Miguel apenas concordou e abriu a porta do carro. O caminho para casa foi divertido, ele falava muito e parecia animado com tudo, eu falava de coisas mínimas e ele colocava toda positividade em cima. — Vai dar tudo certo tomatinho, dattebayo! — Falou sorrindo e eu o encarei. — Datte o que? — Dattebayo! — Falou sorrindo. — Quer dizer que vai dar certo! — Tipo Hakuna Matata? — Perguntei. — Pode ser...— Falou sorrindo e eu admirei seu sorriso largo e contagiante. — Vai me dizer em que você trabalha?— Perguntei e o vi rindo. — Vamos fazer assim... te dou dicas e você tenta adivinhar! — Falou atiçando minha curiosidade e toda a competitividade. —Vamos! Tenho direito a quantas dicas? — Hum... três por dia! — Falou já parando na sua casa. — Dia? Eu tenho certeza de que vou descobrir em duas dicas! — Disse enquanto acompanhava ele para dentro da casa. — Você me disse isso uma vez...— Ele pareceu nostálgico. — Foi exatamente com essas palavras! — E eu demorei quanto tempo? — questionei o acompanhando escada a cima, entramos no quarto e ele foi se desfazendo das peças de roupa, sem se importa se eu estava ali ou não. — Uma semana e meia! — Falou tirando sua camisa preta de botões. — Impossível! — Falei tirando meu blazer. — Não é... Você demorou uma semana e meia, e ainda ficou bravo comigo porque não te davas dicas fáceis. —Ele simplesmente ficou de cueca. —Você não tem muita vergonha, não é? — Ele riu. —Não tive da primeira vez não vou ter agora! Você se acostuma! — Ele entrou para o banheiro e logo ouvi o chuveiro ligado. — Ei! E a pista? — Falei próximo a porta do banheiro. — Minha roupa tem haver com o que faço! E meu carro também! — Falou mais alto. Terno? Um Audi r8... CEO! —CEO! Você é um CEO! — De? — Não é justo, eu já advinhei! — Mas tem que saber em que eu trabalho, CEO já era óbvio! — o chuveiro foi desligado, e logo ele saiu com um roupão preto. —Você está roubando! — Falei vendo ele sumir pelo closet. E depois voltar com uma calça de moletom e sem blusa. — Não estou tomatinho... E vai tomar uma banho, que vou preparar alguma coisa pra gente comer! ⚜ A gente estava sentado no sofá, Miguel parecia ter o costume de tomar uma ou duas doses de whisky a noite, e eu tomava vinho, coisa que me agradou bastante. Ele me serviu uma taça de vinho branco suave, e colocou um filme de comédia romântica, que por acaso era o meu tipo de filme preferido. Miguel não estava longe, nossas conversas eram leves e ele fazia toda a situação que estávamos ficar bem mais fácil de lidar, com um sorriso sempre largo e contagiante, era bom estar com ele. Por que eu não podia lembrar? Como eu esqueci dele?

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