Eternos amigos

Mais um ano escolar começava. Para Bruna, não seria um ano diferente dos outros que passaram. Teria que aturar professores chatos na escola, também teria que aturar as alunas metidas que implicavam sempre com ela, e claro, teria que aturar seu pai pegando no pé o tempo inteiro. Ainda mais que estava finalmente no ensino médio. Agora que o tormento e discussão com o pai vão aumentar enormemente. — Está pronta? — Ana apareceu no quarto perguntando. — Sim. — Que cara é essa? — Estou com sono — mentiu. Ana ergueu as sobrancelhas, mas não perguntou nada. Sabia que a menina mentia, pois fazia a mesma cara que ela, então era fácil descobrir. — Vamos. Você vai chegar atrasada. Bruna suspirou. A menina pegou sua mochila e seguiu com a mãe. Era o primeiro dia de aula e ela não estava nem um pouco animada. Ana deixou a menina na porta da escola e seguiu para o trabalho. Bruna ficou um longo momento encarando o prédio. Por que ele parecia mais assustador? — Vai ficar parada aí? Bruna olhou para o lado e sorriu ao ver Vitória. — Estava te esperando. — Até parece! — Por que não estaria? — Porque está mais preocupada com todo o resto do que comigo — disse rindo. — É... — Vamos logo.  As duas entraram na escola sem discutir mais. Chegaram em frente a um quadro grande e procuraram seus nomes. Sempre ficavam na mesma turma desde pequenas, então não se preocuparam com isso. Bruna apontou o dedo quando achou seu nome e turma. Então as duas procuraram pelo de Vitória, mas o dela não estava lá. Trocaram olhares. — Será que erraram alguma coisa? — a loira perguntou. — Não sei... Elas continuaram procurando o nome de Vitória nas outras listas e assim encontraram. Pela primeira vez as duas não estavam na mesma turma.