A Protegida

Anahí com seu grande sonho de ser modelo, conheceu James que se nomeia um grande dono de agência de modelos nos Estados Unidos. Ela nem imagina que que tudo irá mudar, para ela era só mais um dia em que caminhava com o irmão mais novo, em um parque no bairro Recreio dos Bandeirantes. Ela distraída olhava o irmão brincar junto as outras crianças. James que já estava no ramo há uns bons anos sabia reconhecer muito bem os perfis que mais agradavam e que eram mais facies. Ele a vê numa praça junto ao irmão mais novo, Arthur, um menino de 7 anos. Viu sua beleza, seu sorriso, o jeito carismático e o corpo escultural. Viu que era perfeita. Se aproximou. James: Olá! Boa tarde! Anahí: Boa tarde! O olhou desconfiada. James: Eu sou um olheiro americano, tenho uma agência nos Estados Unidos e vi o quanto você é bonita, não tem interesse em ser modelo? Mesmo desconfiada, seus olhos brilham com a possibilidade de ser uma modelo famosa. Anahí: Na verdade, é meu sonho. Ele sorriu, seria mais fácil do que pensava. James: Meu nome é Derreck James, vou lhe dar o meu cartão. Disse e entregou o cartão que ele sempre usava para enganar as garotas. Anahí: Sou Anahí Giovanna! Disse educada, mas ainda desconfiada. James: Fico esperando você me ligar, assim me mostra seu Book, ok? Ela assentiu. Dali por diante foi fácil dele enganar tanto Anahí quanto a mãe dela, a vida das duas não era fácil, com dois filhos, Tisha se viu sozinha após a morte do marido, ficou viúva muito cedo e era difícil de manter a casa com apenas um emprego, por isso Anahí ajudava a mãe como podia, cuidava do irmão mais novo e aos 15 anos começou a trabalhar como garçonete para ajudar a mãe, mas seu sonho sempre fora as passarelas. Em busca de não frustrar os sonhos da filha, Tisha acompanhou todo o processo para a viagem da filha, mesmo com medo, permitiu que a filha fosse, e não poderia fazer nada se o desejo da filha era viajar e tentar a sorte nos Estados Unidos. O que ela tinha fazer, já foi feito que era averiguar se todos os dados da agência que a filha iria trabalhar estavam certos e não viu erro algum no James, mas doce engano, não existia agência, a filha não iria para trabalhar como modelo, mas sim como prostituta. E todos os dados que James entregou a Tisha e Anahí eram falsos. O lugar que elas tinham ido como agência era utilizado para atrair mais garota como ela. Foram dois meses até finalmente James convencer a mãe de Anahí. No aeroporto foi difícil Anahí se despedir do irmão e da mãe. Eles choravam muito e James já estava perdendo a paciência. Tisha: Prometa, que vai dar um jeito de me ligar? Anahí: Eu prometo, mamãe. Vai dar tudo certo, a Senhora vai ver. Disse chorando. Arthur: Vou sentir muito a sua falta, Any. Disse chorando também e Anahí abraçou forte o irmão. James: Precisamos ir, o vôo já foi anunciado. Os três se abraçaram mais um vez. E foi com o coração apertado que eles se separaram. Ela embarcou junto com James saindo do Rio de Janeiro com destino ao Estados Unidos. Ela se repetia mentalmente que toda aquela dor que estava sentindo em deixar a família para trás iria ser recompensada quando desse uma vida melhor a eles. Olhou avião e ficou maravilhada iria viajar de primeira classe não acostumada com todo o luxo ficou vislumbrada. Anahí: É tudo tão aconhegante e luxuoso. Sorriu tímida. James: Se acostume porque isso é só o início, terá muito dinheiro. Disse a ela. Anahí: Vai demorar para chegarmos lá? Perguntou curiosa, ela nunca tinha entrado em um avião, nunca tinha sequer viajado para fora do Estado. James: Não, durma um pouco. Terá muito tempo. Ela seguiu o conselho dele e cochilou durante as horas de vôo e James só olhou vendo que era mais uma i****a que fora para o tráfico de mulheres. Quando o avião pousou Anahí já tinha despertado e agora estava ansiosa, James a conduziu até o carro, que os aguardavam, enquanto olhava tudo admirada. Nos Estados Unidos era um frio horroso por isso estranhou a princípio, mas sorria. Não via a hora de ligar para mãe e contar como era tudo lindo. Dentro do carro viu o James ligar para alguém, mas não deu uma importância, ficava admirando a paisagem pela janela do carro, que tudo era tão diferente do Brasil. Quando carro parou ela viu um lugar totalmente escuro e sem beleza nenhuma, parecia um beco e estranhou aquilo. James: Chegamos! Anahí: O que? É aqui que vou ficar? Disse sem acreditar. James: Só hoje, antes que o meu chefe te veja. Anahí: Não estou entendendo nada. Disse quando se viu sendo levada para dentro de um quarto. James: Não é para entender, é para ficar calada. Anahí: Não pode falar assim comigo. Disse o enfrentando. James: Falo do jeito que eu quiser. Disse a empurrando para dentro do quarto. Era um lugar fédido, escuro, parecia que tinha um bicho morto ali dentro. Uma cama com colchão rasgado e um vaso com uma pia mais para o canto. O medo a abateu forte. Aquilo não precisa uma república de modelos, aquilo não parecia com que tinha sonhado para ela. Não conseguiu dormir, o medo era constante. Anahí não soube quantas horas ficou ali sem comer, sem beber e sem dormir. Queria urgentemente acordar e ver que aquilo era um pesadelo, ou que era uma brincadeira de muito mau gosto, como um trote de faculdade, alguma coisa que a fizesse despertar daquilo. Ouviu passos e a porta foi aberta. James: Aqui está a nova garota. Disse e Anahí viu dois homens entrarem. - É linda! Disse se aproximando e Anahí se afastou acuada. Ele riu do medo dela. Anahí: Você é o chefe dele? Disse apontando para o James. Disse em um inglês básico. -Ele falou de mim, princesa? Disse e ela só assentiu com medo. -Sou o chefe dele. - O que achou dela Estevan? Perguntou ao segurança. Estevan: Gostosa! Os homens riram e Anahí se sentia cada vez mais acusa e com medo. Anahí: Quem são vocês? São os donos da agência? Perguntou em um ato de coragem e mais uma vez riram dela. -Voce ainda não entendeu, linda? Não tem agência. Não tem passarelas, não tem fotos, você foi traficada, agora eu sou seu chefe e você minha prostituta. Disse e Anahí se apavorou.