Ômega humilhada
“Acorda, omega preguiçosa” Aellyne ouve a voz e sente seu cobertor sendo puxado.
“Só mais 5 minutos, mãe…” ela murmura sonolenta logo quando o cobertor desaparece por completo da cama e percebe que aquela voz não era da sua mãe!
Se senta na cama no mesmo segundo.
“Hjordis?!”
Aellyne olha assustada para a garota platinada na sua frente, a gritar:
“Feliz Aniversário!!!”
Hjordis, a filha de uma das famílias Alfas, está do lado da sua cama com um cupcake na mão, espetado com uma velinha acesa.
A matilha delas tem pelo menos 3 famílias Alfas vivendo na mansão principal, a Packhouse, e como sua mae serve como maid la, Aellyne e Hjordis cresceram juntas e acabaram criando uma estranha amizade entre uma garota Alfa e uma omega desprezada.
Aellyne olha para a porta do seu cubículo e vê sua mãe no batente com um sorriso humilde no rosto.
“Ahn, obrigada, Alfa Hjordis. Você não precisava fazer isso, você sabe…”
Hjordis não era a futura Alfa na linha de sucessão, mas ela poderia disputar pela liderança se desafiasse o filho do Alfa atual algum dia. Alfas da mesma matilha, na disputa pelo trono, não precisavam se matar em uma luta até a morte, a esse ponto a comunidade de lobos já havia criado rituais mais “civilizados”.
“Eu sei, eu sei, eu sou mesmo muito gentil” a garota platinada se elogia com um sorriso. “Agora vai, assopra sua vela e faz um pedido!”
Aellyne faz o que a Alfa fala e sorri pra ela aceitando o cupcake da sua mão. Hjordis sorri de volta e se senta confortavelmente na cadeira da escrivaninha ao lado, estendendo suas longas pernas sobre a cama.
“Não vai me perguntar o que eu desejei?”
“Não e você não deveria me contar, ou isso não vai se realizar. Eu só espero que você tenha pedido sobre seu mate. Você tem 18 anos agora! Você está pronta pro seu imprinting, amiga”
Aellyne cora violentamente.
Sua mãe na porta faz uma reverência expressiva e se dirige a filha dos Alfas:
“Alfa Hjordis, é muito gentil da sua parte fazer isso pela nossa Aellyne. Eu não terei tempo de fazer um bolo para ela hoje… e eu estive tão ocupada essa semana com a chegada do evento da Oferta…” ele seria em 2 dias, no final de semana, e Aellyne, para seu desespero, já teria idade suficiente para participar esse ano. Ela sente seu estômago revirar.
“É, eu sei, senhora Lincoln. Deixa comigo, eu cuido da Aellyne.”
“Obrigada mesmo por isso, Alfa Hjordis.” Ela começa a se curvar múltiplas vezes. “Vou deixar vocês duas sozinhas.”
A mãe de Aellyne fecha a porta e Hjordis se gira na cadeira giratória.
“Então alguma ideia de quem vai ser o seu mate? Você deveria encontrá-lo antes da Oferta no sábado. Se não encontrá-lo antes ele não terá sua virgindade… nós deveríamos te fazer olhar para cada um dos caras solteiros na escola hoje” Hjordis se vira para o computador velho de Aellyne e tenta ligá-lo.
“Ah não… eu não quero nem ter que pensar sobre a Oferta” Aellyne choraminga e sente que vai vomitar.
“É uma honra para todos os omegas, gammas e betas do Acordo serem capazes de servir aos seus packs dessa forma..” Hjordis recita.
Aellyne olha para a parte de trás da cabeça da sua amiga, vendo seu lindo e longo cabelo platinado caído sobre as costas, preocupada que Hjordis estivesse falando sério e ficasse brava com ela por não ser grata de poder participar esse ano.
Mas na verdade, Hjordis revira os olhos e se vira pra Aellyne com sua maior expressão de “quanta idiotice” e Aellyne ri.
“De qualquer forma, nós precisamos encontrar seu mate. Esse seu computador ainda funciona? Não está ligando essa bagaça!” A Alfa bate na CPU com dois tapas.
“Não quebra…” a omega tenta colocar seus braços em frente da CPU para protegê-la da sua Alfa, que a encara, e Aellyne instintivamente se retrai e completa sua frase mais humildemente. “…minha Alfa. Ele é só bem lentinho, você precisa ser paciente com ele e dar amor, não ódio.” Aellyne diz dramática e evita as encaradas profundas que Hjordis lança sobre ela.
Sua amiga platinada revira os olhos de novo, mas aceita seu pedido se afastando para se reclinar mais na cadeira.
Aproveita para pegar o cupcake da mão de Aellyne.
“Tudo bem, só vai se trocar ou a gente vai chegar atrasada. E se você não terminar logo, eu provavelmente vou terminar esse cupcake sem você” levanta a sobrancelha com uma ameaça.
“Mas você me deu!”
Hjordis arranca um grande pedaço do cupcake e empurra na sua boca.
“Vai se trocar!!!” Manda com sua boca cheia, mas sua voz de comando Alfa soa ainda bem clara aos ouvidos omega de Aellyne e faz a garota pular da cama.
Aellyne pega seu uniforme em uma gaveta no armário velho de madeira ao lado e começa a se trocar, um pouco desconfortável com a presença da sua amiga no quarto, mas Hjordis se mantém entretida lançando olhares assassinos para o computador na esperança de intimida-lo a iniciar mais rápido.
Sua amiga age tão de boa sobre essas coisas de ficar sem roupa na frente dos outros, ela é uma Alfa, afinal. Ela tem seu lobo acordado desde o nascimento e ela é capaz de se transformar na sua forma animal já há muitos anos. Omegas só começam a acorda-lós após os 18, após acasalamento ou podem nunca acorda-los, pulando geração, mas nesses casos eles crescem para ser fracos e tristes, como fadados a uma maldição.
Aellyne termina de atar o nó do laço de fita que fica no seu colarinho. Ela coloca sua saia discreta, com tudo perfeitamente no lugar. Perfeitamente arrumadinha, como sempre.
Algo esperado dos ômegas. Bem diferente da platinada, Alfas parecem encontrar um certo prazer em quebrar as regras, como demonstrava o laço desatado ao redor do pescoço de Hjordis, com as pontas pendendo sobre sua barriga sarada. Na verdade, Alfas não seguem regras, a não ser que foram eles que as fizeram.
“Estou pronta” se senta na cama próxima de Hjordis e passa a escova no pelos seus cabelos escuros muito longos. Aellyne olha pra tela junto da amiga. “O que você está tentando ver aí?”
“Você está pronta? Você está me dizendo que está pronta e seu computador não?! Isso é inacreditável!” Hjordis se vira indignada para a ômega.
“Por que vc está furiosa comigo? Não é minha culpa!”
“Não estou furiosa com você, estou furiosa com essa coisa imprestável aqui!” A Alfa bate contra a CPU mais uma vez, dessa vez o computador faz um crack e Hjordis devolve um rosnado.
“Espera, olha!” Aellyne encontra esperança para seu computador apontando a tela com a escova.
“Finalmente! Um sinal de vida! Eu disse que bater resolve, sempre resolve.” Hjordis sorri confiante vendo a tela de início carregar, mas então se vira de volta para a ômega. “Eu devia ter trazido uma maquiagem pra você, apesar de que essa sua carinha de bebê ômega fica sempre muito bem sem nada” a platinada diz e puxa longas mechas lisas do cabelo da sua amiga sobre ombros finos dela, a arrumando como se fosse sua boneca.
“Está tudo bem, eu nem gosto muito de maquiagem”
“Você é sortuda que realmente não precisa. Eu só acho que seria legal você fazer algo diferente pro seu mate hoje, se é que voce me entende, huh?” Hjordis sorri maliciosa e a ômega a encara assustada. “Mas acho que ‘natural’ vai ter servir por agora. Você é linda, de qualquer forma.” Ela elogia Aellyne com aquela sua naturalidade e indiferença Alfa de sempre, e deixa os lisos e muito longos cabelos de Aellyne cortinando seu rosto pálido, agora corado, antes de se virar de volta pro pc.
“Ahn… obrigada, Alfa” sussurra a pequena se sentindo vermelha e sem graça.
“Agora podemos abrir o seu f*******:…”
Hjordis se anima ao perceber que as páginas da internet carregavam mais rápido do que esperava desse pc velho “a internet pelo menos é rápida aqui.”
“A internet é da Packhouse.”
“Você só tem ômegas no seu face?! Eu não conheço ninguém aqui…”
“Eu provavelmente não conheço essas pessoas também, faz séculos que eu não entro aí, o que você quer ver?”
“Você conhece esse menino?” Hjordis aponta para um garoto sorridente mandando feliz aniversário no mural.
“Ah sim, ele é filho dos Hilton. Uma família omega.” Explica quando vê a expressão confusa da amiga.
“Definitivamente, você só tem amigos ômegas.” Hjordis conclui e entra na página de amizades.
A moreninha dá de ombros.
“Tudo bem, só não vai ser tão divertido, mas vai dar pro gasto por agora. Olhe para as fotos e veja se você reconhece o seu mate.”
Aellyne fica confusa, mas acena pro comando. Hjordis começa a passar as páginas.
“Algum desses?”
“Não, não mesmo” responde com os olhos fixos na tela tentando varrer a página inteira a tempo dos clicks rápidos da Alfa.
“Tá, eram esses. Agora vamos na minha página” Hjordis diz sorrindo animada.
“Mas eu não entendi, o que exatamente eu deveria ver?”
“O seu mate, óbvio”
“Mas como vou saber? Eu vou ver ou sentir algo diferente?”
"Sim. Normalmente, sim. Aqui, olha pra a minha página de amigos agora…”
“Mas, Hjordis, não vamos nos atrasar?”
“Chega de ‘mas’! Eu não me importo se chegarmos atrasadas! Isso é muito mais importante, devíamos é matar a aula hoje e andar por toda aquela escola fazendo você olhar para todos os caras que encontrarmos pela frente…”
"Bem... eu não estou com tanta pressa assim… Eu estou, na verdade, é muito nervosa sobre isso também..." Aellyne muda seu peso de um lado para o outro, sentada em seu lugar na cama.
“Garota, você não está entendendo! Você vai perder sua virgindade com outra pessoa se não o encontrarmos rápido, temos apenas dois malditos dias agora. Isso é uma caça.” Há fogo nos olhos da platinada ao falar isso.
"Mas, sabe..." Aellyne cobre a sua boca com a mão no mesmo instante, quando percebe ter falado a palavra proibida pela Alfa, apenas quando sua amiga deixa seu novo "mas" passar, ela continua sussurrando como se fosse uma coisa muito errada de se dizer. “Quero dizer, você sabe que eu não posso ter isso... hum... s*xo… com ele mesmo que eu o encontre, certo? Os ômegas precisam manter suas virgindades para entregá-la aos Alfas no Cio… caso sejamos escolhidos na Oferta para participar, mas claro que eu ainda posso não ser escolhida, né?”
"Duvido muito" Hjordis diz bruscamente.
O rosto de Aellyne murcha. Ela também duvidava, mas vindo de sua Alfa era ainda mais verdade.
Hjordis exala pesadamente.
“Ok, o que quero dizer é: eu vi ômegas que puderam f********o com seus mates antes do Período do Cio. Eu, de fato, vi meu pai assinar algumas permissões ele mesmo.”
“Você quer dizer, ômegas? Eles não tiveram imprinting com outros ômegas, tiveram?”
"Bem, não. Eles foram acasalados com Alfas, mas você não sabe quem é seu mate de qualquer maneira… Ele pode muito bem ser um Alfa.”
Agora Aellyne respira fundo e acena com a cabeça, pesarosa. Ela não faz nenhuma idéia do que seria dela com um mate Alfa, eles são totalmente assustadores!
"Basta olhar para estes por enquanto, ok?" Hjordis pergunta. “E come isso, um pouco de açúcar vai te deixar com um humor melhor para o nosso dia de caça!” A Alfa empurra o resto do cupcake para mais perto de Aellyne, que sorri ao aceitar, enquanto olha para a tela seguindo com o plano de sua amiga Alfa.
***
Como Aellyne esperava, ela não sentiu nada diferente sobre nenhuma das fotos. Mesmo que ela não estivesse esperando muito, ela ficou um pouco desapontada, mas não sua Alfa. Hjordis apenas encarou isso como um desafio maior, incendiando os seus olhos de Rainha do Gelo.
“Está tudo bem, nós vamos encontrá-lo. Eu estou dizendo a você. Estou sentindo!” Hjordis diz depois que estaciona seu carro entre algumas árvores, ao chegarem à escola.
Hjordis geralmente dá uma carona para Aellyne em seu carro caro, então Aellyne não precisa pegar o trem que atravessa a floresta profunda do território da matilha.
Muitos alunos, porém, até as duas meninas às vezes, pegam esse trem. A maioria dos Packs do Acordo tem sua própria ferrovia que levam os membros ao Plano da Lua do Caminho de Quartzo Rosa. Esse é o Plano dos Lobisomens. É paralelo ao plano humano, e tem entrada por cavernas, montanhas ou outras passagens naturais dentro dos territórios das alcateias do Acordo.
A energia do poder dos Packs do Acordo mantêm o Plano em funcionamento. Assim, o Período do Cio acaba sendo um evento anual fundamental para reenergizar os Alfas, e consequentemente, suas matilhas, assim como a energia usada para manter a existência do Plano.
A Lua do Caminho de Quartzo Rosa é basicamente cheia de florestas fechadas e natureza intocada, com algumas grandes construções no meio delas. Como castelos de matilhas importantes e o prédio da Escola Internacional de Lobisomens, a IWS.
Aellyne acena incapaz de ser tão esperançosa quanto a garota Alfa e deixa o carro com ela. No alto de uma pequena colina na frente delas, um cara loiro parecido com um príncipe olha para elas, enquanto conversa com outros dois garotos musculosos.
Alfas são realmente muito grandes, mesmo esses tendo apenas 18 anos.
“Mate!” Hjordis grita para ele quando seus olhos encontram com os do seu jovem mate irresistível pra ela, parado na colina. Ela corre para ele, enquanto Aellyne cora e hesitante se aproxima atrás deles também.
"Por que demorou tanto?" Ele diz um pouco impaciente.
“Cala a boca e me beija.”
A garota platinada pula em cima do garoto loiro, colocando as pernas na cintura dele e bagunçando seu cabelo arrumado com spray de gel, enquanto come seus lábios em um beijo vivaz, ignorando complemente os amigos dele ao redor.
Os dois garotos com ele, sorriem da sempre muito acalorada pegação pública do seu amigo e então desviam seus olhares maliciosos para Aellyne.
"Você gostaria que fosse você, não é, ômega?" O ruivo diz em tom baixo e os dois riem mais.
“Chega.” Hjordis abaixa as pernas e comanda em um sussurro nos lábios do seu namorado.
"Claro que não, querida” o cara loiro a dá um puxão para continuar perto, colada nele.
"Você vai me despir no meio da escola de novo, Aran", ela dá um tapa na mão dele a tirando de sua perna.
"Qual é o problema?"
Seus dois amigos soltam risinhos animados.
Hjordis dá uma risada sarcástica, seguindo a deles e se vira na direção dos dois.
“Que garotos mais engraçadinhos, não é?” ela sorri e então puxa a gola do platinado. "Lorcan, você cala a p***a da sua boca, ou você vai ficar sem alguns dentes, entendeu?"
Lorcan tem as laterais do cabelo raspadas e um r**o de cavalo no topo feito com o cabelo restante. Ele é muito parecido com ela, um pouco mais alto, e poderia facilmente ser seu irmão, mas na verdade eles são primos.
Enquanto ela intimida os dois garotos do lado. O principe loiro limpa sua boca e se vira discretamente para a pequena garota ômega se encolhendo mais atrás.
“Por que você está olhando para o seu Alfa, ômega? Você esqueceu de mostrar respeito? Vou ter que te ensinar?” O loiro coloca as mãos nos bolsos, depois de limpar o gloss dos lábios, e se aproxima de Aellyne de forma intimidadora.
“Eu não estava olhando, Alfa, eu juro” ela abaixa ainda mais a cabeça e se retrai. Ela, na verdade, não estava olhando, mas ele simplesmente não perde a oportunidade de intimidá-la. E ele costuma ter muitas, já que ela está sempre perto de Hjordis, sua mate.
— Você está me dizendo que estou mentindo? Seus olhos queimam de raiva.
"Não... quero dizer... me desculpa, Alfa..."
“O que é, Aran?” Hjordis larga seu primo e se vira para seu namorado, cobrindo com seu largo tamanho a pequena ômega.
“Não me pergunte o quê! Pergunta a esta ômega imunda!” Roshaaran grita sem tirar seu olhar assassino de Aellyne.
Aellyne olha para Hjordis com um pedido nos olhos.
“Não a chame assim, Aran! E pare com isso, eu já te disse, ela é minha amiga…” Hjordis se aproxima para beijar seus lábios novamente, ela não resiste a estar perto dele sem tocá-lo, algo em seu vínculo de mates parecia tornar isso impossível.
“E eu te disse, você precisa escolher melhores amigos” ele se deixa ser beijado, aquela coisa era tão eficiente nele quanto nela. Ele tampouco resistia aos toques da platinada.
“Não comece, Aran.” Ela desvincula seus corpos e lhe dá um olhar profundo.
Ele suspira, mas aceita recuar, fazendo um sinal para seus amigos o seguirem.
"Vejo você na aula, então?"
"Sim, talvez. Eu preciso ir a algum lugar primeiro, mas logo te encontro lá”
Ele sorri brevemente para ela, e Hjordis se derrete voltando-se para Aellyne.
"Ele é tão quente, não é?”
Instintivamente, Aellyne ergue os olhos para ele apenas para vê-lo dando-lhe um sinal de que ela sabia muito bem o que significava e seus amigos fazendo gestos de chupar com a boca, rindo silenciosamente, enquanto se afastavam.
Aellyne costumava pensar que ele era o cara mais atraente da matilha, e não só pelo fato de ser filho do Alfa atual, e o futuro Alfa, mas por eles terem a mesma idade e morarem na mesma casa, ela sempre teve uma grande queda por ele.
Enquanto cresciam ele a fascinava, ele é bom em tudo, loiro, alto e lindo. Ela costumava sonhar em ter seu imprinting com ele, mesmo quando ele começou a intimidá-la em seus primeiros anos na escola de lobisomens, pelo menos até o dia em que ele sofreu o imprinting com Hjordis. Claramente, ela era muito mais adequada a ele e muito superior a Aellyne. Ela é perfeita, quase tão forte quanto ele. E se ela não fosse virar a Alfa da matilha, ela deveria ser a Luna. Isso é o que a ômega pensa.
No entanto, ela parou de pensar em qualquer coisa boa sobre ele este ano, quando seu valentão chegou a um nível que ela, em sua inocência, nunca esperaria que pudesse.
E que Hjordis nunca poderia suspeitar ou a ômega estaria morta pelas garras da sua própria amiga…
“Hm… ele é meu Alfa, eu não posso dizer isso…” Aellyne tenta fugir.
“Está tudo bem dizer, garota. Eu sei que não há uma única fêmea neste Pack que não morra pelo sexappeal do seu Alfa, é normal. Roshaaran é quente como o inferno. E eu não me importo que falem, ele é meu mate de qualquer maneira e é isso que importa. Você vai entender quando você tiver seu imprinting com alguém, é simplesmente impossível resistir ao nosso link de mates… e é lindo” Hjordis sorri sonhadora, mas depois balança a cabeça, fixando-se no rosto de Aellyne novamente. “Bom, falando nisso, eu tive uma ideia, você pode vir comigo…”
“Ah, desculpe, Hjordis, acabei de lembrar que é PE hoje, e prometi ao treinador ajudá-lo com a organização do armazém… ele deve estar querendo me matar por estar atrasada, posso encontrá-la depois?”
“Ah, tudo bem, claro. Eu vou te encontrar na quadra de esportes em 20 minutos então. Eu espero… Vou tentar ser rápida, é uma ideia muito boa, você vai ver! Vejo você lá, então!” A garota Alfa beija sua amiga no rosto com um estalinho e corre com urgência pela floresta com suas habilidades incrivelmente graciosas que sempre impressionam Aellyne.