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Promete que vai ficar com meu papai?

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Blurb

Depois de perder a esposa em um trágico acidente, Elliot Lancaster, um bilionário reservado e CEO de uma das maiores empresas de tecnologia de Nova York, se viu sozinho para cuidar de sua filha de dois anos, Ivy. Conhecido por sua frieza nos negócios e perfeccionismo implacável, Elliot vê sua vida emocional desmoronar enquanto tenta manter o controle da empresa e lidar com o luto — até que ela aparece.Camila Duarte, uma jovem brasileira recém-chegada aos EUA, com cicatrizes do passado e um talento natural com crianças, aceita um trabalho temporário como babá sem saber que está entrando na mansão de um dos homens mais poderosos (e mais irresistíveis) da cidade.Camila é luz onde Elliot é sombra. Sorriso onde ele é silêncio. E, aos poucos, não é apenas Ivy que se apega à nova babá — Elliot também. Mas o que começa com olhares roubados e tensão latente, logo se transforma em noites intensas, desejos incontroláveis e um romance tão perigoso quanto inevitável.Tudo muda quando Ivy, com seus olhinhos grandes e inocentes, faz um pedido diante de todos, durante um jantar de gala:“Papai... você pode casar com a Mila?”Entre escândalos na mídia, rivalidades empresariais, segredos do passado e uma paixão que incendeia, Elliot e Camila precisarão decidir: será que podem realmente construir uma nova família… ou tudo não passa de um conto de fadas moderno à beira do colapso?

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A babá de olhos de fogo
A neve caía como um véu macio sobre as ruas geladas de Manhattan. Nova York era um monstro de luzes e buzinas, tão intenso quanto os sonhos que a haviam trazido até ali. Camila Duarte, com sua mochila rasgada e a alma remendada, parou em frente ao portão de ferro de número 242 da Park Avenue. Do outro lado do portão, havia um universo que ela só conhecia pelas vitrines: carros luxuosos, seguranças discretos, árvores enfeitadas com luzes brancas e uma mansão de fachada clássica, coberta por heras cuidadosamente podadas. A babá anterior havia desistido, foi o que disseram. “A bebê é doce, mas o pai… complicado.” Camila apertou a alça da mochila com força. Seus dedos tremiam mais de frio que de medo — ou talvez não. “Você consegue, Cami”, murmurou para si mesma, como sempre fazia antes de enfrentar algo difícil. E tudo em sua vida até agora tinha sido difícil. — Senhorita Duarte? — perguntou uma mulher de coque rígido, saindo pela porta principal com um tablet na mão. — Sou eu — respondeu, limpando a garganta. A viagem de metrô, a caminhada na neve… tudo a deixava desalinhada, mas ela tentou parecer firme. — Sou Judith, governanta da família Lancaster. O senhor Elliot está no escritório. A senhorita começará agora. — Agora? — A senhorita quer a vaga ou não? Camila assentiu. Havia aprendido que não se pode hesitar quando a vida te joga uma oportunidade. Mesmo que ela venha em forma de uma criança rica e um chefe carrancudo. Seguiu Judith até o interior da mansão. Por dentro, o lugar era ainda mais impressionante. Mármore italiano, escadarias curvas, quadros modernos e silêncio — um silêncio tão denso que se ouvia o próprio coração bater. — Ivy está no quarto de brinquedos, última porta à direita. Ele… quer que você a conheça primeiro. Depois, vocês conversam. Camila engoliu em seco. Ele. O CEO viúvo. Elliot Lancaster. A porta do quarto de brinquedos estava entreaberta, e um som doce escapava dali: uma gargalhinha infantil, leve, cristalina. Camila espiou. No centro do tapete felpudo rosa, uma menininha de cabelos dourados brincava com um boneco de pano. Ela usava um macacão lilás e tinha bochechas rosadas, olhos azuis arregalados de curiosidade. — Oi… você é a Ivy? — perguntou, abrindo a porta com delicadeza. A menina olhou, surpresa, e então sorriu com todos os dentinhos de leite. — Você é bonita — disse Ivy, com a inocência que só uma criança poderia ter. Camila riu, ajoelhando-se perto dela. — E você é uma princesa, sabia? Ivy assentiu, muito séria. — Meu papai diz que sim. Mas ele não sabe brincar de boneca. — É pra isso que eu tô aqui. Vamos brincar juntas? E em questão de minutos, Camila estava sentada no chão, cercada por bichinhos de pelúcia, ouvindo Ivy explicar o mundo do ponto de vista mais encantador que ela já conhecera. Foi então que sentiu. O olhar. Virou o rosto devagar, e lá estava ele. Encostado à porta com as mãos nos bolsos da calça de alfaiataria, Elliot Lancaster observava a cena em silêncio. Alto, cabelos castanhos perfeitamente penteados para trás, maxilar marcado por uma sombra de barba. O terno azul-marinho parecia feito sob medida — provavelmente era. Mas o que mais chamava atenção era a intensidade do olhar. Olhos que não sorriam. Olhos que pareciam pesar o mundo — e cada pessoa diante deles. — Senhor Lancaster — disse Camila, levantando-se rápido, atrapalhada, limpando a mão no jeans antes de estender para cumprimentá-lo. Ele não retribuiu de imediato. Apenas a observou, dos pés à cabeça. O rosto ainda sem maquiagem, as roupas simples, a postura humilde. Então, falou: — Ela gostou de você. — Eu também gostei dela. — Isso é o mais importante. Judith vai mostrar o quarto. Comece amanhã cedo. Sete da manhã. — Claro, senhor… — Elliot. E então ele se virou, saindo pelo corredor sem mais uma palavra. Camila ficou parada, com Ivy agarrada à sua perna. — Ele é sempre assim? — Assim como? — Parece que nunca sorri. Ivy deu de ombros. — Só quando eu durmo. Camila não dormiu bem naquela noite. A cama era confortável, o quarto aquecido e decorado com bom gosto — mas sua mente girava. Ela ainda estava ali? Na casa do bilionário Elliot Lancaster, como babá da garotinha mais encantadora que já conhecera? Aquilo parecia um universo paralelo. Quando Judith mostrou seu quarto — uma suíte de hóspedes ampla, com vista para o Central Park — Camila quis chorar. Não de tristeza. Mas de exaustão e alívio. Finalmente, um lugar seguro. Pela primeira vez em anos, não havia gritos, batidas na porta ou cheiro de mofo nas paredes. Não havia medo. Só silêncio. Ela se despiu lentamente, observando o próprio reflexo no espelho. Os cabelos ruivos na altura do ombro, os olhos castanho-claros com aquele brilho inquieto. As cicatrizes em sua alma não eram visíveis, mas estavam lá. Sempre estiveram. Camila deitou de lado, abraçando o travesseiro. E antes de fechar os olhos, sussurrou: — Vai dar certo dessa vez. O café da manhã foi silencioso. Judith explicou que Elliot raramente comia em casa, e Ivy tomava sua mamadeira com a babá no refeitório menor — um espaço íntimo com janelas envidraçadas e móveis brancos. Camila preparou um mingau com frutas enquanto Ivy rabiscava desenhos de arco-íris. — Por que você fala diferente? — perguntou a menina, depois de um tempo. — Porque eu sou do Brasil — respondeu sorrindo. — É um lugar quente, com praias e muita música. — E o seu papai tá lá? Camila parou por um segundo, sentindo o nó familiar no peito. Depois respondeu, com doçura: — Ele não tá em lugar nenhum agora, princesa. Mas tá tudo bem. Ivy assentiu com a sabedoria instintiva que só uma criança consegue ter. Voltou a desenhar, agora traçando uma figura ruiva ao lado de um sol enorme. Era quase noite quando Judith bateu à porta do quarto de Camila. — O senhor Lancaster pediu que você jantasse com ele hoje. Camila arregalou os olhos. — Com ele? —É como ele costuma fazer com as novas funcionárias mais próximas de Ivy. Quer conversar, avaliar. Um hábito. — Ela fez uma pausa e ergueu uma sobrancelha. — Vista algo adequado. Adequado. Camila bufou. Abriu sua pequena mala e puxou o vestido menos amarrotado que tinha — um preto simples, de alcinhas, que moldava bem sua cintura fina e deixava seus ombros à mostra. Prendeu o cabelo num coque desajeitado, passou rímel e batom claro. Na sala de jantar, Elliot já estava à mesa. De camisa branca dobrada até os antebraços, sem gravata. Copo de vinho à mão. Ele ergueu os olhos devagar, como se examinasse cada centímetro dela. — Achei que babás usassem uniforme — murmurou. Camila manteve o queixo erguido. — Achei que CEOs não jantassem com as funcionárias. Um canto da boca dele subiu. Não era exatamente um sorriso, mas foi o mais próximo que ela já o vira chegar disso. — Toquei em algo sensível? — Em algo inesperado, talvez. Sentaram-se. O jantar era refinado: salmão grelhado, legumes salteados, arroz de jasmim. Camila tentou manter a postura, mas a tensão entre os dois era palpável. — Quantos anos você tem? — perguntou ele, de repente. — Vinte e cinco. — Veio pra Nova York sozinha? — Sim. — Por quê? Ela hesitou. Não era da conta dele. Mas algo naquele olhar… aquele jeito que ele tinha de fitar, como se fosse capaz de desmontar qualquer mentira… — Porque eu precisava começar de novo. Porque eu não tinha mais nada a perder. Elliot assentiu devagar, sem desviar o olhar. — E agora tem? Camila sentiu o estômago apertar. O ar pareceu mais denso. Ela respondeu com a voz mais firme que conseguiu reunir: — Agora eu tenho a Ivy. O silêncio caiu como uma neblina quente. Elliot recostou-se, encarando-a. Havia algo incômodo no modo como ele a olhava — como se ela fosse um mistério que ele ainda não decidira se queria resolver ou apenas desmontar com os dedos. — Ela gostou de você rápido demais. — Crianças são boas em saber quem vale a pena. Ele arqueou uma sobrancelha. — Isso é um elogio a si mesma? — É só uma observação. — Você é ousada, senhorita Duarte. Camila pegou a taça de vinho. Tomou um gole. E disse, com um leve sorriso: — E o senhor é muito acostumado a dar ordens e não ser desafiado. Aposto que não sabe o que fazer com uma mulher que não se curva fácil. Dessa vez, ele riu. Um som baixo, rouco, perigoso. — Talvez eu saiba exatamente o que fazer com ela. Camila prendeu a respiração. O vinho queimava em sua garganta. As palavras dele não tinham sido indecentes. Mas o tom… ah, o tom. Judith entrou naquele exato momento com a sobremesa, e a tensão se desfez como um fósforo apagado. Mas ficou no ar. Vibrando. Camila não sabia se aquilo era uma guerra, um jogo… ou o começo de algo muito mais perigoso.

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