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A Espada de Gelo

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Blurb

Maruyles é um hirou, uma classe de guerreiro que existe há muito tempo, atravessando várias gerações.

No ano de 2020, Maruyles recebe seu elemento regente e a Espada de Gelo e com isso, ele é encarregado de manter a paz e a ordem no mundo como sempre foi o trabalho dos hirous.

No entanto, durante o andamento da missão, Maruyles acaba descobrindo que há um inimigo disposto a acabar com a humanidade. Cabe a ele e a outros hirous darem um jeito nessa situação.

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O nascimento de um novo guerreiro
O ano é de dois mil e vinte.  Neste ano, onde acontece a nossa estória mais recente, encontramos um mundo comum, onde há pessoas que realizam seus afazeres, cumprem seus compromissos, têm um momento de lazer, de pensar no que quer para o futuro, busca ter uma ótima vida ou que seja aceitável de se viver, enfim, um mundo que não foge muito de nossa realidade ao mesmo tempo em que esta afirmação era a que pensávamos que fosse ser.  Da mesma forma em que neste mundo existem pessoas que vivem a realidade, também é um mundo em que pensamos que o inimaginável não existe, acaba existindo. Um mundo em que pensamos que só há pessoas, animais, plantas e seus pensamentos, sentimentos, vontades, momentos, fases da vida, objetivos, reclamações, elogios, mudança de tempo, de costumes, de tradições, alguns países renovam enquanto outros mantêm, enfim, um mundo onde iremos conhecer nosso protagonista, nascido no Brasil, mas tendo o coração japonês, Maruyles Bach.  Maruyles tem dezoito anos, cabelos longos, mas presos em um r**o de cavalo, onde há mechas que ficam soltas. Tem a pele bronzeada e os olhos negros, mais escuros do que a noite. Aqui é onde chamamos a atenção para o leitor em algo. Estamos prestes a descrever suas roupas, onde no mundo moderno, não é muito comum, onde se consta em um quimono azul e botas de combate de cores pretas. Maruyles costuma usar uma capa preta também, ao mesmo tempo que na parte interior da capa, sua coloração é vermelha. Porta uma espada cor azul gelo e sempre que a empunha, seus olhos mudam para a mesma cor.  Agora, o que uma pessoa como Maruyles, que sendo um estrangeiro na Terra do Sol Nascente, usa tais roupas descritas, faz no mundo moderno? Ele é um hirou. Um hirou é uma pessoa que é destinada a proteger o mundo de alguma ameaça ou ela busca manter a paz e a ordem nesse mundo moderno. Para se tornar um hirou, não é possível, pois ou você é escolhido para se tornar um ou não é. Se o indivíduo quiser se tornar um, não será possível, pois ela pode não ter a mesma capacidade de um hirou.  Para se tornar alguém desse meio, é necessário ser corajoso, destemido, esforçado, focado e ao mesmo tempo, não ter nenhum vínculo familiar. Se caso o hirou criar uma família, fica a critério dele se aposentar ou continuar sua carreira com este posto, o que para o leitor pode ser um mistério se é ou não um trabalho.  Outro requisito, é ter quinze anos. É realizado um treinamento de três anos para que o candidato a hirou venha a se tornar um e depois que consegue, ele precisa receber uma arma e o seu elemento regente.  Agora, como funciona a mecânica da arma e do elemento regente? Uma arma seria uma espada, um arco e flecha, uma pistola, enfim, são vários tipos de armas. O elemento regente, é dentre oito elementos que escolhem o indivíduo. Isso pode influenciar em sua personalidade. Os hirous de água são mais calmos e mais prudentes, mas podem se tornar estressados e impulsivos, quando provocados. Já os hirous de fogo são mais energéticos, dedicados e não desistem fácil, ao mesmo tempo que são mais impulsivos e estressados, até mesmo mais do que os hirous de água.  Agora, vamos para a nossa estória. Os hirous constumam ser treinados no Templo dos Hirous, um pedaço de terra que fica flutuando sobre a cidade de Tóquio. As pessoas não podem ver, pois as Oito Entidades não permitem, estas que são responsáveis por terem criado o universo.  O templo é composto por três prédios, daqueles estilo japonês, como estamos acostumados a ver. O primeiro prédio, que se encontra virado para a esquerda, é onde ficam os mestres de seus hirous. O prédio do meio é onde eles se reúnem e o prédio da direita é onde ficam reunidos os hirous. Este é virado para o prédio de seus mestres.  Os prédios possuem cor preta, mas a parte dos telhados são vermelhas. No meio, há um desenho gigante do yin e yang, feito por base de tijolos que lembram paralelepípedos. A parte branca é cinza, por conta da pedra, mas a parte preta já foi pintada.  Era uma manhã naquele momento. O sol não estava se mostrando muito ativo. No lugar dele, havia nuvens cinzentas, o que poderia indicar que pode chover. Fazia frio naquele momento e Maruyles sentia o vento gélido bater em seu rosto e agitar seu r**o de cavalo. Estava no meio do templo, bem onde ficava o yin e yang. Haviam vários hirous assistindo aquele momento, o que poderia indicar que ele enfrentaria alguém. Talvez um mestre ou um hirou.  As pessoas que o olhavam estavam sentados em arquibancadas que tinham ao lado da entrada dos templos. Parecia ser um processo seletivo ou algo do tipo.  Maruyles, o brasileiro, estava olhando seriamente para o seu adversário. Era um velho que aparentava ter mais de oitenta anos. Os cabelos compridos e presos em um r**o de cavalo também, brancos, não mais grisalhos, a pele branca, os olhos apertados, os pés-de-galinha bem visíveis, usava um quimono vermelho, onde na parte das mangas era amarela. No lugar de botas, usava sapatos simples, de cor vermelha também. O vento também batia em seu rosto e balançava o seu r**o de cavalo, que era do mesmo comprimento ao de Maruyles.  — Mestre. — Disse o brasileiro, fazendo reverência.  O ancião, que era o mestre do rapaz, também fazia sua reverência para ele. Em seguida, ele fala: — Maruyles, chegou a hora. Você finalmente fez dezoito anos e está mais do que pronto para conhecer o elemento que rege o seu corpo… A sua mente… E o seu espírito. Eu, Mestre Kenji, como um dos mentores mais respeitáveis e poderosos dentre todos, quero dizer a todos que estão presentes, hirous novos, veteranos e os que estão em transição dentre esses dois adjetivos, que tenho a honra de ter sido mestre desse rapaz. Consegue encarar as situações de uma forma fria e sem pensar muito. No entanto, você é muito racional, Maruyles. Isso é r**m, pois não dar voz ao coração, é como não dar voz à sua alma. O cérebro mora com a mente. O coração mora com a alma. — O Mestre Kenji faz uma pausa. — Muitos disseram que você pode ser do elemento trovão, por conta de ser uma pessoa flexível, mas eu não creio nisso. Vamos ver quem das Oito Entidades o escolherá.  O Mestre Kenji se senta na posição de Buda. Maruyles faz o mesmo e assim, o yin e yang, que estava embaixo deles, começa a brilhar. Aparecem oito seres humanóides de cores diferentes. Eram respectivamente de cor azul, marrom, branco, vermelho mesclado com amarelo, azul cor de gelo, roxo mesclado com azul, dourado mesclado com branco e escuro.  — Estas são as Oito Entidades, criadoras do universo e também aquelas que designaram os hirous. — Disse Mestre Kenji. — Há muito tempo atrás, após o universo ter sido escolhido, as Oito Entidades viram que o único planeta que sofreria com um m*l que iria além da imaginação dos seres humanos, era a Terra. Logo, eles decidiram criar uma espécie de guerreiro destinada a proteger a humanidade desse m*l, os hirous. Cada entidade daria um pouco de seu poder infinito para o hirou que ela escolher e assim, ele faria o trabalho que lhe foi designado. As Oito Entidades Cósmicas, como também são conhecidas, representam os oito elementos. Água… Terra… Ar… Fogo… Gelo… Trovão… Luz… E trevas…  Maruyles olha para as quatro entidades, que não tinham rosto, nem cabelos, nem nada. Pareciam manequins de cores diferentes.  — Maruyles, agora você conhecerá o elemento que rege em você. A entidade que lhe escolheu foi…  Das Oito Entidades, sete somem e ficou apenas uma. Todos que estavam acompanhando aquela cerimônia, ficaram surpresos. Era a entidade azul cor de gelo.  O Mestre Kenji abre os olhos e fala: — Maruyles, o seu elemento regente é o gelo.  Todos aplaudem. Era de fato que Maruyles fosse do elemento gelo. Era frio, calculista e muito racional. Era típico dos hirous de gelo.  O Mestre Kenji e seu aluno se levantam.  — Escolha sua arma.  O brasileiro ficou pensativo e responde: — Eu quero uma espada japonesa.  O mestre sorri e os círculos que tinham no yin e yang, os "olhos" brilhavam. Saía uma espada da cor azul de gelo. Maruyles estava encantado com a espada. Percebeu que ela era carregada de poder. Tinha que aproveitar esse momento para tomar posse da mesma.  — Maruyles. No momento em que você puser as mãos nesta espada, todos os poderes e habilidades de gelo que você adquirir, será por intermédio desta espada. Nunca a quebre, apesar de ser impossível disso acontecer. Nunca a abandone. Você e esta espada agora são como um só. Um não pode viver sem o outro e eu tenho certeza, que além de ser uma pessoa racional, será alguém que não digo dependente de sua espada, mas sim alguém que grita na guerra com o tilintar da mesma.  Maruyles sorri pelas palavras de seu mestre. Ele pega no cabo de sua nova arma e sente uma aura invadir seu corpo. Não somente isso, como também, seus olhos brilham em azul cor de gelo. Depois que Maruyles teve essa sensação, seu corpo voltou ao normal.  O Mestre Kenji sorri para o seu aluno e indaga: — Que tal um combate com o seu mentor? Garanto que não pegarei leve.  Maruyles sorri para ele e responde: — Certo. Eu aceito a proposta do senhor.  Nesse momento, o Mestre Kenji faz aparecer um bastão vermelho. Ele tinha escritas em kanji de "luz". Maruyles sabia que ele era um usuário do elemento luz. Estes eram muito poderosos, além de ter uma personalidade pura, cheia de paz e sem nenhuma motivação de estresse. Seu mestre sempre o tratou desse jeito. Calmo, tranquilo, nunca se alterou com ele e sempre que Maruyles tinha dúvidas, recorria ao seu mestre.  Todos que acompanhavam aquela cerimônia, estavam ansiosos. Veriam o Mestre Kenji em ação, ao mesmo tempo que queriam saber se Maruyles era bom o suficiente, ou melhor, digno de derrotá-lo ou não.  Chegava o momento do confronto. O Mestre Kenji usa o bastão para apontar para o ar e faz esferas de luz aparecerem. Ele as lança na direção de Maruyles, onde o mesmo vê sua espada brilhar. Ele decide balançá-la no ar e criar uma parede de gelo. Todos se impressionam, até mesmo o brasileiro. Ele pula bem alto e corta o ar novamente, onde saem estacas grandes de gelo. O Mestre Kenji não esperava ver que Maruyles fosse se empenhar de uma forma tão impressionante como aquela. No entanto, seus olhos brilham em dourado fraco e um campo de força aparece. Quando as estacas encostam no campo de força, estas teriam se destruído, ou melhor, se decomposto.  Maruyles se mostra impressionado. Não era de menos que o seu mestre fosse tão forte. Ele corre na direção dele. Queria testar algumas habilidades com a sua espada. O Mestre Kenji usa seu bastão e solta um raio de energia dourado fraco. Maruyles rebate com a espada, mas ele acaba sendo um pouco arrastado. Teria sentido a pressão. Tomaria mais cuidado na próxima. Viu que essa habilidade com o elemento luz não era brincadeira.  O Mestre Kenji sorri. Estava gostando do empenho de seu discípulo. Ele agora gira seu bastão e estava criando uma energia com o mesmo. Em seguida, ele para de girar e solta um raio de energia dourado fraco muito mais forte do que o anterior. Maruyles fica impressionado. Precisava deter esse ataque de alguma maneira, até que ele decidiu cortá-lo no meio. Quando fez isso, o raio se dividiu, onde a lâmina de sua espada brilhava. O raio teria explodido no céu mesmo, sem dar prejuízo a ninguém. Era impressionante o breve combate entre os dois. O mais impressionado era o Mestre Kenji. Nunca viu tamanha façanha como a de Maruyles. Ele tem se mostrado muito habilidoso com os seus novos poderes e habilidades. Pelo visto, ele era digno de se consagrar como Hirou do Gelo.  — Está se saindo bem, meu aluno. — Disse o Mestre Kenji, sorrindo.  — Obrigado, mestre. — Responde Maruyles.  — Mas vamos continuar nosso confronto, sim?  — Claro. Vamos sim.  Logo, mestre e discípulo continuavam a mostrar suas habilidades para o restante dos hirous que estavam acompanhando aquele breve confronto.  O Mestre Kenji gira o seu bastão para o alto e começa a emitir uma energia semelhante a raios elétricos de cor dourada. Era uma coloração forte, sem ser uma tonalidade fraca. Em seguida, ele para e é visto que o bastão estava brilhando desta mesma cor. O ancião parte para cima usando sua velocidade. Todos se impressionam, porque mesmo tendo idade avançada, o Mestre Kenji ainda era um prodígio em combate. Não era à toa que Maruyles era considerado um dos melhores Hirous no Templo dos Hirous.  O rapaz ficou atento para saber onde poderia aparecer o Mestre Kenji. Ao perceber a presença do ancião bem à sua frente, onde ele estava com o bastão pronto para atingi-lo, Maruyles, no reflexo, consegue se defender com o cabo da espada. Sua lâmina estava tendo contato com a mão canhota. O brasileiro sentia que a lâmina era gelada, parecia aquelas estacas de gelo. O rapaz chuta o Mestre Kenji pela barriga e joga a espada, fazendo com que a mesma desse cambalhota e ele a pega no cabo. Este era frio também, mas não na mesma intensidade que a lâmina. Maruyles usa sua velocidade. Também era rápido, mas não tanto quanto o seu mestre. Este, ao perceber que o seu aluno partia para cima dele, apenas fazia uma aura de luz brilhar ao redor de seu corpo e teria sumido. Maruyles para de correr ficou olhando para os lados. A lâmina de sua espada brilha e várias estacas de gelo apareciam ao seu redor, onde teriam lhe protegido na altura de sua testa. Estava bem protegido, de fato, mas Maruyles sabia que precisava cuidar a parte da cabeça, que era a única coisa que estava desprotegida.  O garoto acertou. Seu mestre ia lhe atacar por cima, mas a lâmina da espada brilha novamente e as lâminas vão na direção do ancião. Todos ficam assustados, pois Maruyles poderia matar o ancião desse jeito. No entanto, o Mestre Kenji some como um feixe de luz e aparece distante de seu discípulo, onde teria soltado um raio com a mão para destruir a sua proteção. Conseguiu. Ele sabia que não era o seu discípulo que estava fazendo as coisas, mas sim a sua espada. Ficou admirado com a ligação que ele e a sua nova arma tinham um com o outro.  O Mestre Kenji usa a sua velocidade novamente e a espada de Maruyles brilha novamente. Ele sabia que era a Espada de Gelo que estava fazendo o processo da luta, pois para que um hirou tenha conexão com o seu elemento, não é necessário treinamento, mas sim uma conexão com a sua arma. Se caso um hirou queira optar por punhos, ele adquire a magia de seu elemento regente, onde seria obrigatório dele realizar um treinamento, já que com uma arma ficaria mais fácil.  A espada de Maruyles o faz sumir como neve, onde foi decompondo o seu corpo aos poucos. Todos se surpreendem, pois um hirou, para conseguir a conexão com a sua arma, requer dias ou até mesmo semanas, mas Maruyles foi em questão de segundos, era como se ele nascesse para aquilo, de fato.  O Mestre Kenji fica atento ao seu redor. Ele cria um campo de força de luz ao seu redor.  — "Impressionante. O meu discípulo é melhor do que eu pensava."— Pensa o Mestre Kenji. — "Não imaginava que Maruyles fosse alcançar um patamar como esse". Um corte de vento era realizado e isso chama atenção do mestre. Ele se mantém atento e vê que aquele corte se transforma em estacas de gelo. O ancião transforma seu campo de força em uma esfera de energia e lança na direção das estacas. Depois de realizado tal ato, ele vê Maruyles se aproximando. Estava mais rápido. Parecia um hirou da luz como ele. O Mestre Kenji concentra luz em seu bastão e ambos agora estavam percorrendo pelo Templo dos Hirous, arrancando admiração de todos. Começava a trovejar e havia um tremor de onde estavam, cada vez que Maruyles e o Mestre Kenji batiam com as suas espadas.  — Incrível! — Dizia um dos hirous.  — Maruyles… Ele é muito bom. — Afirma outro hirou.  O brasileiro e seu mestre aparecem no meio do yin e yang gigante. Pareciam estar gostando desse breve confronto, mas o Mestre Kenji não poderia levar muito a sério, já que Maruyles ainda tinha muito que adquirir experiência. Isto era o que não faltava para o ancião. Estava se divertindo. Quem diria que o seu aluno seria interessante de se confrontar. Esperava que ele voltasse para lhe ensinar mais algumas coisas, pois mesmo que um hirou deixe o templo, era necessário que ele voltasse para aprender técnicas bônus para melhor aperfeiçoamento em relação ao seu elemento regente.  — Maruyles, você evoluiu muito, desde o primeiro dia em que você colocou os pés no Templo dos Hirous. — Disse o Mestre Kenji.  O brasileiro ficou apenas observando seu mentor. Ele desfaz sua posição de luta e fica em posição ereta. Ele junta as mãos e faz reverência ao seu discípulo.  — Você não tem mais vínculo com o Templo dos Hirous, mas saiba que precisará vir para aprender algumas técnicas que lhe ajudarão a ter um controle maior de seu elemento. Maruyles, você provou ser uma pessoa muito forte e está pronto para proteger a todos do Japão e do mundo de quaisquer ameaças que venham a molestar aqueles que seguem suas vidas.  O brasileiro estava contente. Esperou três anos para esse momento, mas não queria deixar o seu mestre. Ele foi como um avô para ele, sempre ensinando coisas dentro e fora dos conceitos de hirous, além de sempre motivá-lo e contar um pouco de sua história. Infelizmente, ele não teria mais esses momentos. Viveria uma nova era agora. Era sua obrigação seguir sua jornada sem o seu mestre. No entanto, ele ainda poderia vê-lo, mas não ficar no Templo dos Hirous, pois era como uma escola. Depois de se formar, você só volta para visitar a antiga instituição onde você adquiriu conhecimentos.  — Mestre, obrigado por tudo. — Maruyles, com lágrimas nos olhos, faz sua reverência.  O ancião sorri para o seu aluno. Era muito grato em ter Maruyles como discípulo. Achava que ele tinha potencial e não se enganara disso.    Passado um tempo, após a cerimônia, chegou o momento em que Maruyles deixaria o Templo dos Hirous. Estava na saída do templo com o seu mestre. O céu estava mais claro e tinha nuvens. O vento insistia em brincar com os cabelos presos em r**o de cavalo de ambos.  — Maruyles, por aqui você deixa de ser o meu discípulo, mas passa a ser um grande homem. — Disse o Mestre Kenji, com a sua voz suave e calma. — Faça amigos, sofra aventuras, proteja as pessoas e acima de tudo, viva intensamente, pois um hirou só é feliz quando sabe usar e abusar do equilíbrio entre dever e lazer.  Maruyles assente que sim e responde: — Mestre, obrigado por tudo.  Ambos fazem uma reverência e a espada do brasileiro brilha. Teria se transformado em um grifo de gelo. O garoto estava encantado com a sua espada. Ele olha para o Mestre Kenji, que sorrindo, diz: — Quem tem o elemento água, fogo, gelo, luz, trevas ou até mesmo trovão e ar, consegue criar animais que podem lhe ajudar a se deslocar de um lugar para outro de forma mais rápida. Como você vai sair daqui do Templo dos Hirous, que fica levitando pelo Japão, é obrigatório, literalmente, que você tenha que projetar um animal que saiba voar.  Maruyles achou interessante o conceito e mais uma vez, agradeceu ao seu mestre por tudo, onde o mesmo retribuiu.  No final, o ancião acabou vendo seu discípulo sobre o grifo de gelo, que tinha as penas frias e geladas e começou a voar com ele. Ouvia o brasileiro gritando de alegria e prazer. Nunca tinha saído do Templo dos Hirous. Fazia três anos. Agora, Maruyles estava prestes a encarar suas aventuras e faz jus ao título de hirou que porta a Espada de Gelo. 

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