bc

Vendida ao Leiloeiro

book_age18+
4
FOLLOW
1K
READ
dark
HE
opposites attract
arrogant
mafia
blue collar
bxg
villain
like
intro-logo
Blurb

No auge de seu império sombrio, Tarantino, mestre de leilões únicos, exibia confiança inabalável, acreditando-se intocável. Seus métodos cruéis para cativar vítimas revelavam um abuso desenfreado de poder. Paola, uma mulher desprovida de tudo, órfã e perdida, enfrentava a luta diária pela sobrevivência em um mundo sem rumo. Prisioneira de Tarantino, ela não poupava esforços na busca por liberdade. À beira de ser a próxima leiloada, Paola lançou a ele um último pedido, uma súplica permeada de nuances, uma tentativa de tocar a fibra sensível que pudesse fazer eco nos sentimentos de Tarantino, desafiando o destino c***l que se delineava naquele momento de suspense.

chap-preview
Free preview
Capítulo 1 — TARANTINO
A luz fraca destacava os contornos do salão, onde uma atmosfera tensa pairava no ar. Os murmúrios abafados dos espectadores se misturavam à melodia sutil de notas sendo trocadas. No centro do palco, erguendo-me com confiança, dei início a mais um espetáculo de leilão único e tão esperado por todos que ali estavam. — Saudações, distintos apreciadores da raridade e do extraordinário. Hoje, apresento-lhes uma joia única, uma preciosidade que transcende a trivialidade do comum. — Minha voz ecoou, penetrando nas mentes ávidas dos presentes. Os olhos curiosos fixaram-se em mim, enquanto eu desvelava a primeira peça, expondo-a à penumbra. — Conheçam Paola, uma flor rara que desabrocha em meio à adversidade. Órfã e perdida, ela traz consigo a essência da sobrevivência em seu estado mais puro. Como podem vê-la, seu estado é de perfeita pose e obediência ao seu superior. Enquanto os lances ressoavam no salão, meu olhar percorria a multidão ávida por uma propriedade que ultrapassava os limites do físico. Paola permanecia impassível, uma figura frágil sob os holofotes, mas com uma centelha de resistência em seus olhos. Era a dança entre opressor e oprimido, uma sinfonia peculiar regida por cifrões. — Quem ousa desafiar o destino desta jovem flor? — Proclamei, instigando a competição entre os licitantes. Cada oferta era um compromisso, uma escolha que ecoava no salão como o pulsar de um coração coletivo. Enquanto a tensão atingia seu auge, Paola ousou quebrar o silêncio que a envolvia. — Por favor, — sussurrou, sua voz trêmula, mas carregada de coragem, — há mais em mim do que podem ver. Não sou uma posse, mas uma alma que busca sua liberdade. Os lances começaram, cifras subindo como uma dança coreografada por notas. Cada oferta ecoava como um compromisso irrevogável, um contrato selado na atmosfera carregada. E ali, no palco do poder que eu mantinha, eu observava enquanto a tragédia de Paola se desdobrava diante dos olhos famintos dos compradores, todos cegos pela ilusão de posse. Um murmúrio agudo percorreu o salão quando um licitante, impaciente, ousou tocar Paola sem a devida permissão. Meus olhos cortantes fixaram-se no infrator, uma expressão gelada refletindo meu descontentamento. — Não confundam esta transação com a ausência de respeito. Ela pode ser um objeto de desejo, mas ainda merece consideração. — Minha voz, agora mais áspera, cortava o ar tenso. — As regras são claras, e violá-las terá consequências tão terríveis quanto seus pensamentos. O leilão prosseguiu, mas a atmosfera estava impregnada com um aviso silencioso. Paola, apesar da rudeza, permanecia digna, olhos fixos no horizonte, desafiando qualquer tentativa de subjugação. Enquanto cifrões continuavam a ditar o curso do evento, a provocação rude serviu como lembrete de que, mesmo em um espetáculo de poder, certos limites não deveriam ser ultrapassados. No palco, entre a tensão palpável, a dança entre humanidade e desumanização atingia um novo patamar, onde o desafio e a resistência se entrelaçam na busca pela liberdade. Um súbito m*l-estar envolveu Paola, um eco do preço que sua resistência cobrava. Seus joelhos vacilaram, e o salão, que antes era palco de uma dança impiedosa, agora testemunhava um momento de vulnerabilidade. Em um movimento rápido, ignorei as formalidades do leilão e atravessei o palco. Paola, pálida e fragilizada, estava nua diante de todos, mas sua dignidade permanecia inabalável. Ergui-a nos braços, desafiando a crueldade impiedosa do evento. — Este espetáculo chegou ao limite. A humanidade não pode ser sacrificada em nome do poder. — Minha voz, agora impregnada de seriedade, rompeu o murmúrio constante. Ignorando os protestos e choque da plateia, levei Paola para fora do palco, afastando-a da exposição desumana. Nos bastidores, longe dos olhares famintos, cuidei dela com o respeito que lhe fora negado no palco. A narrativa do leilão transformou-se em uma reviravolta inesperada, onde a humanidade superava a ganância, e a redenção se tornava o foco deste improvável capítulo no palco do poder. Paola, já frágil, sucumbiu a uma onda de m*l-estar mais intensa, seus lábios pálidos revelando a extensão de sua debilidade. A preocupação tomou conta de mim enquanto a coloquei com cuidado em um local mais reservado. A plateia, agora em silêncio desconfortável, assistia a cena sem os contornos cruéis do leilão. Minhas prioridades mudaram instantaneamente, afastando-me do papel de leiloeiro impiedoso para assumir o de alguém diante da fragilidade humana. — Alguém chame um médico! — Exclamei, buscando ajuda enquanto Paola, nua e vulnerável, enfrentava uma batalha mais fundamental pela própria saúde. O ambiente do salão se transformou de palco de poder para um cenário de emergência, onde o luxo e a brutalidade cediam espaço à urgência e à compaixão. Após tudo estar bem novamente, Eros surgiu com seu ar de superioridade, querendo ditar regras que haviam sido criadas por mim. — Tens ideia do que foi aquilo? Envergonhou tudo aquilo que nós dois fazíamos para ir para frente. Como pode colocar tudo a perder por causa de uma mulher que nem sequer a conhece? — Suas malditas palavras me irritavam, por não ter mais nenhum fio de paciência. — Eros, eu espero que esteja sendo sarcástico, porque sabe que não tem direito a nada daquilo. Eu te dei a oportunidade de trabalhar comigo porque mais ninguém te aceitava e quase todos os que conheço querem sua cabeça. Somente por ser meu irmão, aceitou suas piadas sem graça, mas agora, as coisas passaram dos limites e eu não tenho mais paciência para aturar você e seu achismo sem nexo. O problema não era Paola, mas as memórias que vinham em minha mente sempre que eu a olhava e lembrava de onde eu vim e o que já passei para estar aqui. Minha mãe era uma prostituta que nos vendeu para um traficante. Minha agilidade me fez crescer no mundo do crime, já Eros era mais lento em quase todas as coisas, porém nunca o abandonei. Enquanto eu cortava, ele pesava e embalava, fazíamos tudo juntos e sempre que alguma coisa sumia, era ele quem levava a culpa. Passamos fome juntos, cometemos crimes juntos e eu não sei se existe realmente a outra metade de nós, mas tenho plena certeza que, Eros é minha alma gêmea, até porque somos gêmeos. — Foi m*l, eu não quis te deixar nervoso. Tem alguma coisa que queira que eu faça? — Sem pensar demais, lembrei do homem que a tocou e ele poderia resolver isso sem sujar suas mãos, apenas passando o recado adiante. — Hoje, enquanto ela estava sendo exposta, alguém a tocou e eu não lembro o nome no momento. Quero que olhe as imagens e cuide do restante, mas não quero o desgraçado vivo. Quero que sirva de aviso para todos os outros que pensam que meus negócios são bagunça. Deixei uma estaca pronta na entrada da fazenda. Faça o que tiver que ser feito e me der orgulho. — O que não fazemos por uma b****a?! — Seu comentário idi0ta foi junto com ele, que saiu batendo a porta. O silêncio era torturante, trazia consigo lembranças que poderiam me destruir facilmente se eu não tivesse controle sobre meus sentimentos. Observava os cachorros ferozes que eu mantinha soltos no jardim, quando um murmúrio me fez virar rapidamente para trás. Paola estava de olhos entreabertos, coberta com um pequeno cobertor fino e sem nenhuma reação. Me aproximei e vi que ela não estava respirando, mas já estava tudo pronto, dentro do quarto tinha tudo que uma pessoa precisava para sobreviver. Peguei o cateter, posicionei em seu nariz, colocando o anexo no oxigênio, vendo sua melhora instantânea. — Por que eu estou aqui? — Tive minha atenção voltada para ela quando já estava de saída. — Se isso é um jogo, quero dizer que eu não me inscrevi. Sua voz cansada logo se calou, dando espaço para minha consciência pesar cada vez mais, me intitulando a um ser desprezível, insensível e sem escrúpulos.

editor-pick
Dreame-Editor's pick

bc

A Princesa Prometida do Mafioso

read
1.5K
bc

Aliança com a Máfia - Herdeiros

read
31.6K
bc

Fortemente quebrados

read
1.9K
bc

Uma virgem em minha Cama

read
125.6K
bc

Obcecado pela irmã (MORRO)

read
64.9K
bc

Depois do seu Olhar

read
6.8K
bc

LÁGRIMAS DE SANGUE - MÁFIA

read
25.1K

Scan code to download app

download_iosApp Store
google icon
Google Play
Facebook