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Juntos Pelo Acaso

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Blurb

Gabriela é uma jovem de apenas dezenove anos, mas que já apredeu desde muito cedo o quato a vida é dura. Após perder os pais em um trágico acidente de carro, cujo ela foi a única sobrevivente, ela se viu obrigada a morar com sua tia Joana, irmã mais velha do seu pai. Com coragem e determinação Gabriela decide dar um novo rumo para a sua vida e foge de casa em busca de um lugar feliz. Tendo apenas alguns trocados no bollso e muita força de vontade ela volta a terra natal de sua mãe. M*l sabe ela que encontrará muitas supresas em seu caminho.

Giovanni é o filho mais novo de Antônio D'Angelo, o dono um dos vinhos mais famosos do país. Sempre teve a família ao seu çado, cercado de amor e carinho. Ele segue os passos do pai e se prepara para assumir os negócios da família junto com seu irmão André. Enquanto o irmão já é casa e pai de três filhos, Giovanni prefere viver sem compromissos ou amarras. Porém tudo muda quando uma moça misteriosa cruza seu caminho e o faz sentir coisas que nem sabia existir. Junto com ela descobre um dos maiores mistérios da região e também o amor verdadeiro.

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Capítulo 1
Gabriela    Acordar com os gritos de tia Joana já virou um hábito. Quem precisa de ter despertador com esses gritos? Levanto e vou até o banheiro fazer a minha higiene matinal. Tomo um banho e depois me visto com uma calça jeans básica, uma camisa verde musgo e meus tênis de sempre. Prendo o cabelo em um coque folgado e ponho o boné que um dia foi do meu pai.    Passo pela cozinha e pego uma maçã para comer no caminho. Tive a sorte não cruzar com Damião, o marido nojento da minha tia. Ao que parece ele não vai trabalhar hoje de novo. O que não é diferente de ontem ou antes de ontem. Imagino que esteja morrendo de reçaca. Não é para menos já que vive no bar gastando o dinheiro que eu ganho todos os dias com o meu suor. Mas isso está com os dias contados. Não vou servir de escrava para esses dois desocupados por muito tempo.    _ Bom dia, Gabi. – Hélio fala me beijando no rosto. – Onde está o nosso tão amado chefe? – Pergunta em tom irônico.    _ Provavelmente de ressaca. – Respondo seguindo até a salinha que Damião chama de escritório. – Chegou trançando as pernas de tão bêbado ontem à noite. - Falo pegando os cadernos de contabilidade da gaveta.    _ Tentou te bater? – Me examina com os olhos preocupado. Hélio tem sido como um irmão mais velho para mim. A única pessoa que tem me dado carinho desde a morte dos meus pais. Acho que sem ele e Vitória por perto talvez estiversse maluca por causa de tia Joana e Damião.    _ Não. Eu me tranquei no quarto assim que cheguei e quando sai hoje de manhã ele ainda estava dormindo. – Suspiro deixando os cadernos sobre a mesa. – Mas preciso fugir o quanto antes. Tenho medo que eles descubram os meus planos e tentem me impedir.    _ Isso não vai acontecer. – Garante segurando minhas mãos. – Amanhã a sua tia vai para a missa e o seu tio para o bar. Vou passar para te buscar de carro e te levo até a rodoviária assim que eles tiverem ido. Já comprei a sua passagem. Você vai ficar com uma tia minha. O nome dela é Cida. Ela trabalha para uma família rica de Gramado e estava precisando de alguém para ajudá-la. Ficou bem feliz quando disse que tinha uma amiga para indicar para a vaga.     _ Obrigado Hélio. – Digo o abraçando forte. – De verdade. – Ele beija o topo da minha cabeça e sorri. – Certo. Agora vamos trabalhar. Temos que entregar esse carro hoje e não quero que aqueles dois suspeitem de nada. Tudo precisa parecer normal.    Ele afirma e segue para o carro que está com o capô aberto. Enquanto isso eu calibro alguns pneus e faço coisas mais simples. Não que não saiba mexer em motores, mas deixo isto para Hélio que é mais experiente já que estudou para isso. Pouco depois da hora do almoço Damião chega querendo manda em tudo. Ele mais atrapalha que ajuda e acaba atrasando todo nosso trabalho e lógico que não exita em nos culpar.    _ Que droga! – Praguejo quando o vazamento do carro que tento arrumar aumenta e o flúido não para de jorrar.    _ O que você fez sua inútil! – Damião grita me puxando pelo braço. – Esse é o carro do homem mais poderoso da cidade. – Esbraveja apertando ainda mais meu braço. - Agora o que vou falar quando ele vier buscar o carro.    _ Me solta. Você está me machucando! – Tento me soltar, mas o aperto se torna ainda mais forte e tenho certeza de que vai deixar uma marca.    _ Solta ela, Damião! – Hélio pede o empurrando e me deixando livre. – Deixa que eu arrumo isso. – Garante se colocando entre nós dois. – Pode ir tomar um pouco de ar. - Fala o empurrando de leve para a saída.    _ Vou mesmo tomar um ar. Estou precisando. – Antes de sair ele segura o meu rosto com força e me faz encará-lo. – Quando chegar em casa a gente conversa. – Diz em um tom sombrio que me arrepia. Dá um leve tapa no ombro do Hélio e sai.    _ E agora?! – Ando de um lado para o outro com as mãos na cabeça. – Eu estou ferrada. – De repente respirar se torna uma tarefa difícil e o ar parece não entrar em meus pulmões. - Ele vai me matar. - Hélio me segura pelo braço e me faz encara-lo.    _ Respira Gabi. – Pede me olhando nos olhos e obedeço. – Eu vou te ajudar. Fica calma. – Afirmo respirando fundo. – Hoje você vai para casa e se tranca no quarto. Eu vou aparecer depois do jantar e te ajudar a saltar pela janela. Vamos para minha casa e seguimos com o plano. Você só precisa calma e aguentar mais algumas horas. - Pede acariciando meu rosto. - Pode fazer isso? – Afirmo.    Tento me concentrar novamente no trabalho, mas é quase uma missão impossível. Na hora de fechar a oficina connfirmo mais uma vez o horário com Hélio e depois corro para casa. Não quero correr o risco de encontrar com Damião no caminho. Tia Joana está tão entretida assistindo a sua novela e nem percebe que cheguei. Vou direto tomar o meu banho, me visto e me tranco no quarto como Hélio pediu.    Arrumo a minha mochila com minhas poucas roupas e meus diários. Pego no fundo de uma gaveta a pulseira que era da minha mãe e ponho em meu pulso. Agora sim tenho o que preciso para ir embora. Quando tudo está pronto calço os meus tênis e fico esperando por Hélio. O tempo parece se arrastar até que finalmente escuto um barulho vindo da janela e vou até lá. Ele me faz um sinal para que me apresse e jogo minha mochila para que ele pegue e me apoio na cômoda para pular a janela o mais rápido que consigo. Aterriso do outro lado com sua ajuda.    Então corremos até o carro dele que está no final da rua e ele logo arranca. Me abaixo quando passamos em frente ao bar onde Damião costuma frequentar. Tudo o que não preciso agora é ser vista por algum conhecido dele. Assim que chegamos na casa de Hélio sua irmã mais nova dele vem me abraçar. Vitória é um pequeno anjo de quinze anos que sempre ilumina meus dias quando nos encontramos. Veio viver com o irmão há dois anos quando seus pais se mudaram para a Argentina e não quiseram que ela passasse pela dratica mudança de ambiente e idioma.    _ Que bom que você está bem. - Diz ainda agarrada ao meu pescoço. - Vem. Vou te mostrar o lugar onde você vai dormir. – Fala enquanto me arrasta para o seu quarto todo cor de rosa.    _ Nada de ir dormir tarde. Amanhã saímos cedo. – Hélio diz escorado no batente da porta. – Temos que aproveitar enquanto os seus tios não dão por sua falta. – Afirmo. Ele beija a irmã e depois nos deixa sozinhas.    Os dois irmãos são muito unidos. Deve ser bom não ser sozinho. As vezes queria ter um irmão para compartilhar todos os momentos felizes e difíceis da vida. Não demoramos muito conversando. Estou realmente cansada da noite anterior e a descarga de adrenalina da fuga parece ter acabado comigo. Pela primeira vez em muitos anos eu consigo dormir sem ter medo de alguém entrar no meio da noite e me machucar ou fazer coisa pior.    Acordo com um leve cutucão de Hélio. Levanto, escovo os dentes e tomo um banho. Tomamos um café rápido juntos e depois seguimos todos para a rodoviária. Durante todo o caminho vamos em silêncio. Tem um clima de tensão no ar. Assim que chegamos Hélio me entrega a minha passagem e Vitória me dá o seu antigo celular para que eu mantenha contato com eles e me abraça apertado.    _ Obrigado por tudo gente. - Agradeço abraçando Hélio, mas uma vez. – Eu nem sei o que seria de mim se não fosse por vocês. – Uma lágrima solitária escorre por meu rosto e ele a seca com o polegar.    _ Não fica assim, Gabi. – Vitória pede me abraçando de lado. – Nas minhas férias o Hélio vai me levar para te visitar. Ele prometeu. – Procura a confirmação do irmão que apenas afirma com a cabeça. - Vai ver que tudo vai dar certo nessa sua nova vida.    _ É o que espero, Vick. E vou contar os dias para ver vocês novamente. – Beijo o topo da sua cabeça e a aperto ainda mais em meus braços. – Se cuida. – Peço para Hélio que está de fora observando a nossa despedida. - Não deixa o Damião desconfiar que você me ajudou a fugir. Não quero que ele faça nada de m*l a vocês.    _ Pode deixar. – Diz chamando a irmã para ficar do seu lado. – É melhor você ir. Seu ônibus já vai sair. – Me abraça mais uma vez e então se afasta. – Não esquece de ligar quando chegar lá. Mandei uma mensagem a minha tia avisando que chegaria perto da hora do almoço e ela garantiu que estaria te esperando.    Afirmo e caminho até a minha plataforma. Tem uma pequena fila na porta do ônibus para a entrega dos bilhetes. Assim que chega a minha vez entrego a passagem ao fiscal junto com um documento. Antes de liberar minha entrada ele pergunta se tenho mais alguma bagagem para deixar no bagageiro e n**o. Entro, guardo a minha mochila no compartimento e me sento na janela. Quando o ônibus sai Ainda consigo ver Hélio e Vitória me acenando. Dou tchau para eles e também para a minha antiga vida. Olho para a pulseira em meu pulso e fico pensando no que o futuro reserva para mim.   _ Tomara que tudo seja melhor daqui para frente. - Suspiro brincando um pouco com a pulseira em meu pulso.     Olho pela janela a cidade onde cresci sumindo aos poucos a medida que o ônibus se afasta. Me recosto na poltrona e acabo caindo no sono. São mais ou menos umas cinco horas de viagem. O choro de uma criança duas poltronas a minha frente me desperta. Olho pela janela e percebo que o sol não está mais tão aparente. Chove fraco lá fora e não se vê nada além de vegetação dos lados e estrada a frente. Sem muito o que fazer pego o velho celular que ganhei de presente e começo a fotografar o mundo la fora. A câmera e a iluminação não são das melhores mais o resultado até que fica bom no final.    Um tempo depois avisto a entrada da cidade. De longe já consigo notar a infliência europeia na arquitetura. Faço como Hélio me disse e peço para descer próximo a praça. Assim que salto do ônibus sou atingida por uma lufata de vento frio e abraço meu próprio corpo enquanto observo a cidade. Minha mãe não estava mentindo quando falou que Gramado era uma bela cidade. As casas tem uma decoração bem diferente das de Florianópolis e as pessoas parecem ser bem simpáticas e acostumadas a receberem pessoas de fora.    _ Gabriela?! – Uma senhora que deve ter por volta dos quarenta anos e se parece muito com a Vitória me acena. – Você é a Gabriela, não é? – Afirmo um tanto tímida. – Eu sou a Cida. Tia do Helinho. – Diz me abraçando apertado sem qualquer cerimônia.    _ É um prazer conhecer a senhora. – Digo assim que ela me solta. - Queria agradecer pelo emprego e pela hospedagem. Garanto que a senhora não vai se arrepender de ter me contratado.    _ Me chama só de Cida ou tia. – Pede e sorrio afirmando. – Não precisa agrader. Eu estava mesmo precisando de alguém para me ajudar e se o Hélio indicou você tenho certeza de que não vou me arrepender. Agora me responda uma pergunta séria. - Diz e sinto meu coração acelerar. - Está com fome? - Pergunta e quase posso sentir o ar, que nem sabia estar prendendo, voltar a inundar meus pulmões.     _ Um pouco. – Admito quando caminhamos até uma caminhonete preta parada perto de onde estávamos a alguns minutos.    _ Vamos para casa e lá você almoça. – Afirmo e entramos no carro onde tem um homem sentado ao volante. Ele usa um boné estampado com o nome Vinícola D'Angelo.– Gabriela esse é o Dante, meu marido. Ele trabalha como peão na vinívola.    _ É um prazer conhecer o senhor também. – Ele me sorri pelo retrovisor.    _ Que isso. - Ele diz enquanto dá a partida no carro nos colocando em movimento. – Fez boa viagem? Imagino que esteja bem cansada.    _ A viagem foi tranquila e até consegui tirar um cochilo. – Digo com os olhos atentos na janela. Me encanto a medida que as casas vão sumindo e vão dando lugar as milhares de videiras espalhadas por uma imensa colina. – Que lindo! - Exclamo impressionada com tamanha beleza.    _ Pois é. Não existe melhor lugar de se viver. – Dante fala com um grande sorriso. Dá para ver em seus olhos o quanto ama as terras onde vive e trabalha.    Logo atravessamos uma espécie de portão que demarca a entrada da propriedade. Passamos em frente à uma casa enorme que parece ser de gente muito rica e metida. O que me deixa um tanto apreensiva. não esperava que fosse ficar perto de gente importante. Dante estaciona o carro perto de uma pequena casa que fica posicionada aos fundos da casa grande. Salto com a mochila nas costas e sigo Cida enquanto o marido vai junto a um outro homem resolver um preblema com um tonel.    A casa é pequena comparada a casa grande, mas é aconchegante e muito bem arrumada. O oposto da casa de tia Joana. Cida me serve o almoço e devo adimitir que nunca comi nada igual em toda minha vida. Depois do almoça ajudo a retirar a mesa e lavar a louça sob protestos de Cida. Quando temino ela me leva para um pequeno tour por sua casa. Não tem muito o que mostrar. é uma casa com um banheiro, sala, cozinha e dois quartos. O lugar onde vou dormir está muito bem arrumado. Enquanto guardo minhas roupas no armário ela me explica qual será a minha função mna casa. Eu começo a trabalhar como a sua ajudante amanhã cedo e devo usar algo apropriado para suportar o longo dia de trabalho.    Assim que termino de organizar tudo vou tomar um banho rápido para aliviar a tensão muscular das horas balançando no ônibus. Visto uma calça jeans azul escura, uma blusa branca junto com uma camisa xadrez vermelha com branco de manga longa e calço os meus velhos tênis. Prendo os cabelos em um coque frouxo e volto para meu quarto. Então pego o celular, sento na cama e ligo para Hélio que atende no terceiro toque.    _ Pode falar agora? – Pergunto assim que ele atende.    _ Sim. - Responde e ouço o barulho de algo caindo no chão. - Como é que você está? Chegou bem? – Dispara a fala e sei que está nervoso. Ele costuma parecer uma metralhadora de palavras quando está nervoso ou ansioso. - Minha tia já foi te buscar?    _ Estou bem. - Respondo com um meio sorriso. - Já encontrei com a sua tia e ela foi bem legal. Estou no quarto que ela preparou para mim. – Levanto e caminho pelo quarto. – Hélio, me diz. Como estão as coisas por aí? – Pergunto roendo o canto da unha. - Eles já surtaram com o meu sumiço?    _ Digamos que sim. Seus tios estão te procurando. A oficina nem abriu hoje. Eles estão fazendo a linha de tios preocupados para que os outros não desconfiem o que faziam com você durante esses anos que viveu com eles. – Reviro os olhos imaginando a cena. Acho que no fundo eu sabia que eles fariam algo dessa natureza. – Queria poder conversar mais com você, mas tenho que terminar de arrumar umas coisas aqui em casa e depois buscar a Vitória na casa de uma amiga. Mas vê se não some e me liga quanto tiver tempo. Não quero ficar sem notícias suas.     _ Pode deixar. – Garanto e desligo e me jogando na cama e encaro o teto branco do quarto. - Agora é vida nova, Gabriela. – Falo a mim mesma. - Tudo vai dar certo daqui para frente. Tem que dar certo.    Ouço o som de riso e vozes de crianças e vou até a janela do meu quarto. De longe posso ver um garoto e duas menininhas brincando ao ar livre. E por um momento volto a lamentar minha solidão. Esses devem ser os netos do senhor Antônio. Os filhos do seu filho mais velho. Cida contou que o senhor André casou muito jovem e que quando ainda era recém-casado adotou o filho mais velho. Uns anos depois veio a surpresa das gêmeas que acrescentaram ainda mais alegria para a família. Pelo jeito que ela falou sobre eles fez parecer que podem não ser tão metidos quanto estou pensando.     Fico ainda mais um tempo olhando a maravilhosa cena até que uma mulher de longos cabelos loiros, que imagino ser a esposa do senhor André, os chama da varanda e eles correm de volta para dentro da enorme casa de pedras. Me demoro ainda alguns minutos apreciando a imensidão verde a minha frente. Sem muito mais o que fazer volto para a cama. Me deito e com um suspiro vou deixando meu corpo relaxar não imaginava que ainda estava tão cansada até que aos poucos meus olhos foram fechando e novamente caio no sono. Um sono sem qualquer sonho. Apenas escuridão e silêncio.

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